Olá! Em meu último artigo, compartilhei detalhes da [url=https://www.ligamagic.com.br/?view=artigos/view&aid=1938] minha vida no grind[/url], com atualizações no Modern, Standard e Limitado de Ixalan. Hoje pretendo focar exclusivamente no Standard, com um Primer do Temur Energy explicando a minha visão nas escolhas do baralho, como enxergo as principais matchups do deck e um guia prática de sideboard.

Essa é a minha versão mais atualizada, que utilizei no PPTQ da Chuck TCG em São Caetano do Sul, onde perdi minha terceira final seguida nos últimos três PPTQs jogados (as outras foram de RG Valakut na Spellbox, e de BW Vampiros na Academia de Jogos):

 

 

Bastante gente veio me questionar porque segui jogando com o Temur Energy "puro", sem O Deus Escaravelho, na última etapa do CLM 10 da House of Cards e no PPTQ da Chuck TCG. A dúvida vinha baseada principalmente pelo que eu disse na semana passada: "no jogo de troca de recursos eu prefiro ser o que tem a carta que ganha o jogo, e não o que é forçado a ter a resposta para não perder."

 

 

Embora eu ainda mantenha esse pensamento (preferindo eu ser o que tem O Deus Escaravelho do que o que tem a resposta pro Deus), o Standard está mais aberto do que uma mera batalha de quem consegue jogar, proteger e ativar o seu Deus primeiro. Baralhos como Mono Black Aggro, B/R e Mardu Veículos ignoram esse aspecto tentando fechar a partida "por baixo" na agressividade. Ramunap Red castiga as ativações do Deus com Ferocidonte Enfurecido e Mentor Austero. E mesmo os Controles e Midranges possuem uma alta variedade de "respostas limpas", como Essence Scatter, Vraska's Contempt, Cast Out, Hostage Taker , Struggle // Survive e Confiscation Coup.

 

Se o mundo não é apenas jogar em volta de O Deus Escorpiao; se o Temur "puro" oferece ferramentas para combater todos os baralhos, mesmo que não no mesmo ângulo do Deus; se há a opção de uma base de mana que zica menos facilitando jogar os vários custos duplos e preserva energias sem tantas ativações dos Aether Hub - por quê não jogar com a versão mais consistente? Essa foi a minha linha de raciocínio, e honestamente, o deck tem correspondido dessa forma nos torneios que joguei mais recentemente, enfrentando de igual para igual qualquer deck do Standard, e perdendo geralmente nos detalhes.

 

A base do deck é a versão que o Brad Nelson utilizou para fazer Top 4 em um Invitational Qualifier da SCG na outra semana. No MD, troquei 2 Magma Spray pelo 3° Abrade e pela 4° Bristling Hydra, movimento esperando mais mirrors, outros Midranges, UBs, GPG e até Ramunap Red, e menos aggros de Scrapheap Scrounger. A outra alteração foi a saída dos Skysovereign, Consul Flagship (fortes contra Sultai e Tokens) por um Carnage Tyrant e um Confiscation Coup (pensando principalmente em UB e mirrors).

 

 

Já no sideboard incluí um Apetite pelo Antinatural contra Mardu, GPG, UW Approach e Tokens, e um Struggle // Survive como remoção a mais contra The Scarab God e bichos com Embalm/Eternalize. Troquei as Nissas, da Nissa, Guardia dos ElementosNissa, Vital Force e por uma terceira Chandra, já que ambas possuem um impacto muito mais imediato na mesa. Colocar mais counters, com o playset de Negate e mais 2 Spell Pierce foi o respeito ao UW Approach, deck que vem sendo mais presente nos PPTQs/CLMs do que no próprio Magic Online. Infelizmente, pela falta de espaços e para focar mais em Controls/Tokens com Spell Pierce, acabei cortando os Vizier of Many Faces e as Skysovereign, Consul Flagship.

 

Duas das ausências notáveis são Essence Scatter e Torrential Gearhulk, que já expliquei em artigos passados os motivos pelos quais não gosto delas, mas basicamente o Essence Scatter não responde as criaturas depois que elas estão na mesa, e em muitos casos o Temur precisa jogar de trás e recuperar campo, ou não pode se dar ao luxo de passar com mana em pé enquanto curva Virtuoso/Hydra. Já o Gearhulk acaba sendo completamente subutilizado em um baralho com poucos alvos e versatilidade em instantâneas, sendo o Carnage Tyrant uma ameaça muito mais relevante contra os controles e midranges do formato (que apostam muito na eficiência dos counters, remoções e Confiscation Coup/Hostage Taker para lidar com as ameaças grandes, tudo que o Tyrant escapa).

 

 

Nessa partida, o importante é ter paciência, e tentar extrair o máximo possível de cada recurso, maximizando trocas boas. Não tem necessidade de gastar remoções premium, como Harnessed Lightning, em Virtuosos e Refiners de midgame, já que são criaturas facilmente travadas quando a mesa "congestiona", e ninguém pode fazer ataques bons. Gastar todas as energias igual um louco para pumpar um Filhote ou colocar múltiplos tópteros dificilmente é a melhor rota, já que são cartas que na mirror os jogadores conseguem lidar.

 

 

Paciência significa que aquele Glorybringer não precisa ser jogado tão breve você tenha 5 manas, apenas para atacar sem um alvo bom para dar Exert ou para comer um Harnessed Lightning/ Essence Scatter, ou que a Chandra, Torch of Defiance entre na conta apenas para o oponente usar alguma remoção nos bloqueadores e conseguir atacá-la.

 

Na Chandra toco em um dos pontos mais controversos entre os pilotos de Temur. Alguns acham ela horrível na mirror, porque leva Glorybringer, Whirler Virtuoso ou Chandra's Defeat. Eu já discordo desse ponto; uma parcela significativa das minhas mirrors foi decidida em quem consegue fazer uma Chandra depois que a mesa trava, forçando o outro a desperdiçar recursos importantes fazendo ataques ruins para não perder para o emblema.

 

 

Side out: -4 Longtusk Cub, -3 Whirler Virtuoso (ou -2 Whirler Virtuoso, -1 Abrade)
Side in: +1 Carnage Tyrant, +1 Chandra, Torch of Defiance, +2 Chandra's Defeat, +1 Confiscation Coup, +1 Struggle // Survive, +1 Nissa, Vital Force

 

Muitos jogadores acabam cortando uma ou mais Bristling Hydra, o que eu acabo não concordando já que apesar dela ficar "parada" quando ambos os jogadores estao forrados de criaturas, a sua Hydra acaba sendo uma defesa forte contra a Hydra ou o Carnage Tyrant do adversário, e combinada de uma remoção para evitar o double/triple block, não é difícil uma Hydra de apenas um dos lados que não foi espelhada dominar as ações do combate. Parecido com o príncipio do The Scarab God: mesmo que a Hydra não seja muito boa, eu não quero ser o jogador sem Hydra na mesa enquanto meu oponente tem a dele.

 

Bastante gente gosta de deixar os Longtusk Cub na play, na esperança de roubar algumas partidas caso o oponente não tenha remoção rápida. Eu particularmente não gosto desse plano, já que ele é um bicho muito vulnerável, e que coloca bastante pressão nas suas energias para ser útil. Daí para um blowout envolvendo Harnessed Lightning ou Confiscation Coup é um pulo, e sinto que cartas de menor variância na partida (como haymakers, remoções e PWs) acabam sendo mais desejáveis.

Ramunap Red

 

Priorize no começo da partida usar remoções ao invés de descer bichos, já que sem a fonte contínua de dano do early game, o Ramunap não consegue causar dano suficiente para fechar o jogo rápido, e se você fizer criaturas ele vai gastar remoções dele ou tirar bloqueadores e continuar batendo. Matando as primeiras criaturas, forrar a mesa com Whirler Virtuoso ou Bristling Hydra (que ele não consegue impedir blocks), ou mesmo com alguns turnos de duas criaturas de uma só vez (Servant of the Conduit, Longtusk Cub, Rogue Refiner) são boas formas de começar a "virar a chavinha".

 

É importante lembrar que depois de estabilizar a pressão inicial, o Temur precisa atacar de forma incisiva para fechar o jogo rápido - a inevitabilidade acaba sendo dele com Hazoret the FerventRamunap Ruins e , e em um jogo que demore muitos turnos o Red Deck acaba conseguindo juntar burns e fechar a partida com dano direto na vida.

 

Duas criaturas que você deve manter em mente, e se possível segurar remoção, são Harsh Mentor e Rampaging Ferocidon. Vale lembrar que o Ferocidon pode agir como uma faca de dois gumes, e se você vier com uma mão forte de Bristling Hydra/ Longtusk Cub o oponente pode acabar se punindo por ter que colocar novos chump-blocks na mesa.

 

Side out: -1 Carnage Tyrant, -1 Glorybringer, -2 Chandra, Torch of Defiance
Side in: +1 Deathgorge Scavenger, +2 Chandra's Defeat, +1 Confiscation Coup

 

O Main Deck do Temur já é bastante forte contra Ramunap, e o sideboard complementa com mais resposta pra Hazoret e a remoção que responde todos os planos de jogo dele, tanto rushar no começo com drops 1/2, como os hatebears Ferocidon/Mentor, e os drops pesados de Chandra e Glorybringer.

 

 

No G1 o Temur é um pato para ele, aceitando todo Fumigate e Settle the Wreckage que vem, embora às vezes seja possível roubar alguns jogos com Longtusk Cub e Chandra, Torch of Defiance (ou quando ele falha em achar as remoções brancas na hora certa). O que torna essa partida complicada é o fato dele sempre levar essa vantagem do G1, exigindo que você não possa ter draws ruins, floodar, zicar, mulligar etc. nas partidas pós-side.

Sideboard:

 

Side out: -4 Whirler Virtuoso, -3 Abrade, -2 Harnessed Lightning, -1 Carnage Tyrant (pode variar para deixar 2 Virtuoso e o Carnage, e tirar todas as remoções)
Side in: +1 Deathgorge Scavenger, +1 Apetite pelo Antinatural, +1 Chandra, Torch of Defiance, +1 Nissa, Vital Force, +4 Negate, +2 Spell Pierce (pode variar para subir o Carnage Tyrant e o Struggle // Survive)

 

O que varia no pós-side é o que ele vai fazer: 90% dos jogadores de UW vão trazer Torrential Gearhulk, tal qual o motivo de deixar alguns Harnessed Lightning - mas, se você tiver mais cópias de Apetite, dá pra cortar todos. Alguns jogadores de UW sobem também Regal Caracal, Sunscourge Champion e Angel of Sanctions, e nesse caso Struggle // Survive funciona bem para responder os Embalm.

 

Eu prefiro usar as cópias de Negate para lidar principalmente com os Sweepers e com o segundo Approach of the Second Sun (a menos que eu tenha letal na volta do primeiro), e os Spell Pierce com mais liberdade em Glimmer of Genius, Farm // Market, basicamente qualquer jogada rápida dele que tente interagir com sua mesa ou gerar vantagem para ele. Negar um Cast Out que tenta responder a Chandra é outra estratégia válida, já que o emblema acaba o jogo muito fácil mesmo que ele já tenha resolvido um primeiro Approach e ganho vida. Vale lembrar que usar o Apetite pelo Antinatural em resposta ao trigger do Cast Out faz com que a Chandra não seja nem exilada, o que pode definir a partida caso ele tenta responder ela já com 7 marcadores.

 

 

Essa é outra partida em que o G1 é complicado para o Temur, mas sabendo jogar contra e com o side, passa a ser ganhável. Os principais trunfos para ganhar a partida são os PWs e as criaturas voadoras. Tópteros, Glorybringer e Chandra, Torch of Defiance são as principais ameaças, embora dê para roubar alguns G1s batendo pelo chão caso ele demore para fazer rodar a engine de Hidden StockpileAnointed Procession, ou não ache o Fumigate.

 

Uma dica para aproveitar bem as remoções é matar os tokens dele no seu turno - se por acaso ele der alguns chump blocks, e ficar sem criaturas no próprio turno, ele vai ter que triggar revolta novamente com Renegade Map, Evolving Wilds ou dois Legion's Landing​, para voltar a colocar fichas, ou sacrificar algum bicho que ele queria preservar na mesa, como Anointer Priest.

 

 

Side out: -4 Longtusk Cub, -4 Bristling Hydra, -3 Abrade, -1 Confiscation Coup (manter o Confiscation Coup em caso da versão Esper com The Scarab God)
Side in: +4 Negate, +2 Spell Pierce, +1 Deathgorge Scavenger, +1 Carnage Tyrant, +1 Chandra, Torch of Defiance, +1 Nissa, Vital Force, +1 Apetite pelo Antinatural, +1 Struggle // Survive (subir 1 Confiscation Coup em caso da versão com The Scarab God)

 

Filhotes e Hydras saem porque são facilmente chumpblockados, te forçando a comprometer recursos demais com a mesa e tornando o Temur presa fácil para os Fumigate. Entram os counters, excelentes para punir a quantidade de jogadas pesadas que ele tem em sorcery speed: Fumigate, Anointed Procession e Vraska, Relic Seeker são alguns exemplos. Eu gosto de deixar os Harnessed Lightning porque geralmente ele sobe Angel of Sanctions, ou no caso da versão Esper, possui The Scarab God, mas se não ver essas cartas pode ser mais interessante deixar os Abrade que destroem o Treasure Map.

 

 

Diferente do UW Approach, ele não tem remoção global, e tampouco uma forma de ganhar o jogo a qual você não pode interagir no G1. Portanto, aberturas rápidas envolvendo Serviçal/Filhote, ou uma Hydra que escape aos counters, costumam ser problemas para ele. O primeiro Torrential Gearhulk/ The Scarab God também costuma ser respondido com facilidade pelas remoções que ficam mofando na mão do Temur, sendo que as partidas que você perde geralmente envolvem ele responder quase tudo que você faz na curva com counters/removals, até que o Search for Azcanta flippa e ele vai ter como responder literalmente tudo.

Sideboard:

Side out: -3 Abrade, -2 Harnessed Lightning, -4 Whirler Virtuoso  (pode sair alguns Glorybringer e deixar alguns Virtuosos, mas geralmente prefiro esperar antes de fazer isso porque eles costumam ter Gonti, Lord of Luxury​/ Gifted Aetherborn)
Side in: +1 Deathgorge Scavenger, +1 Carnage Tyrant, +4 Negate, +1 Confiscation Coup, +1 Struggle // Survive, +1 Chandra, Torch of Defiance, +1 Nissa, Vital Force

 

No pós-side, a partida fica mais tranquila com menos remoções mortas, enquanto ele ganha Vizier of Many Faces e não muito mais do que isso. O plano segue o mesmo: aberturas com múltiplas criaturas, preferencialmente de curva baixa, só que agora com mais Confiscation Coup e remoções para punir um The Scarab God rápido, e Planeswalkers para contornar o Essence Scatter.

 

 

Apesar de, teoricamente, ser um deck feito para ganhar de Temur, jogar de forma inteligente com as remoções ajuda bastante. Glorybringer e Chandra, Torch of Defiance são os principais aliados no G1, limpando criaturas incômodas como os Gifted Aetherborn e Kitesail Freebooter, ao mesmo tempo em que fazem uma ameaça que demanda resposta por parte dele - e com uma densidade maior de criaturas e cartas de menos impacto na mesa como Chart a Course, ele não tem a mesma versatilidade de respostas do UB Control.

Sideboard:

 

Side out: -4 Whirler Virtuoso, -4 Longtusk Cub
Side in: +1 Confiscation Coup, +1 Deathgorge Scavenger, +1 Carnage Tyrant, +1 Chandra, Torch of Defiance, +1 Nissa, Vital Force, +1 Struggle // Survive, +2 Negate

 

Como nos mirrors de Midrange, gosto de tirar os Longtusk Cub (especialmente aqui que tem Fatal Push e bichos com Deathtouch para block), e subo o kit de Planeswalkers e remoções mais robustas. Junto com o Sultai, essa é uma das partidas em que Skysovereign, Consul Flagship e Vizier of Many Faces mais fazem falta.

 

 

O Sultai possui um viés mais agressivo e sinérgico do que o Temur, e ao quebrar o jogo dele com remoções nos bichos-chave como a Glint-Sleeve Siphoner, e o Hostage Taker, ele acaba penando para os cards de maior qualidade individual, especialmente Glorybringer e Chandra, Torch of Defiance. Impedindo a Winding Constrictor de deixar a mesa grande, ele tem muitas dificuldades em responder a Bristling Hydra, e esse acaba sendo um ponto no qual o Temur capitaliza já que a maioria das listas Sultai não a usa, ou usa poucas cópias.

 

Evitar tomar blowouts de Blossoming Defense também é chave para a partida: busque gastar as remoções no turno dele na endstep, ou force cenários em que ele se tapa para dar removal em velocidade instantânea. Uma receita para a derrota é apostar todas as suas fichas em um Exert do Glorybringer, apenas para ele proteger o bicho e na volta te punir.

 

 

Side out: -4 Longtusk Cub, -2 Whirler Virtuoso
Side in: +1 Deathgorge Scavenger, +1 Chandra, Torch of Defiance, +1 Carnage Tyrant, +1 Nissa, Vital Force, +1 Confiscation Coup, +1 Struggle // Survive

 

Fatal Push em oponente de Midrange é o que o Filhote menos gosta de ver, com o agravante de que os Filhotes dele são mais fortes por causa da Cobra, e que ele também tem Hostage Taker para "resetar" (ou no pior cenário, roubar) um seu que fique grande. Não gosto do Virtuoso nessa match por ser um alvo muito bom de ser roubado com Taker ou Scarab. Dependendo de como o oponente sidear, pode ser interessante até deixar alguns Filhotes e tirar todos os Virtuosos (por exemplo, se ele diminuir Push ou Taker). Caso o deck continue subindo em popularidade junto com o UB Midrange, usar mais Barcos, Vizier of Many Faces e Jace's Defeat são boas opções para o sideboard.

Mardu Veículos, B/R e outros Aggros com Scrapheap/Veículos

 

Aqui é a match onde os Magma Spray mais fazem falta, mas ainda assim é bem ganhável pelo Temur na força de Virtuoso e Hydra. O jogo é parecido com o Ramunap Red, com a diferença que o Filhote não é garantia de segurar o chão, já que toma Fatal Push /Unlicensed Disintegration. O ponto fraco desses decks é justamente que eles bloqueiam mal, portanto dependendo de como estiver o seu jogo, tentar tomar a iniciativa para ganhar na race pode acabar sendo uma boa alternativa.

Sideboard:

 

Side out: -2 Chandra, Torch of Defiance, -1 Carnage Tyrant (Glorybringer também é uma opção)
Side in: +1 Confiscation Coup, + 1 Deathgorge Scavenger, +1 Apetite pelo Antinatural (podem entrar Negate ou Struggle // Survive)

 

Algumas cópias de Negate são interessantes, especialmente contra o Mardu, que aposta bastante no Unlicensed Disintegration como remoção e pode ter um eventual Fumigate de sideboard. Struggle // Survive funciona caso o oponente entre em um jogo com mais threats resilientes, e o fato de embaralhar tem seu papel contra Scrapheap Scrounger. Confiscation Coup é uma boa forma de responder no desespero o próprio Scrapheap, e idealmente Yahenni, Undying Partisan, Hazoret the Fervent ou veículos. Essa é o tipo de partida em que algumas cópias de Magma Spray são necessárias entre MD/SB, e caso espere enfrentar uma boa quantidade desse deck eu com certeza usaria.

 

 

Com 3 Abrade e as Chandras no MD, essa partida não é tão complicada no G1 quanto Tokens, mas exige respeito em passar com a interação aberta para não ser combado "do nada" (Gate to the Afterlife e Walking Ballistaa fazem um cemitério pequeno rapidamente "forrar" de criaturas). É importante evitar de fazer trocas pelo chão com ele, já que isso contribui diretamente para o plano de jogo do GPG; Glorybringer e Virtuoso são grandes amigos para fechar as partidas impunemente pelo céu.

 

 

Side out: -4 Longtusk Cub, -4 Bristling Hydra, -2 Harnessed Lightning, -1 Servant of the Conduit
Side in: +1 Deathgorge Scavenger, +1 Carnage Tyrant, +1 Apetite pelo Antinatural, +1 Chandra, Torch of Defiance, +1 Nissa, Vital Force, +1 Confiscation Coup, +1 Struggle // Survive, +4 Negate

 

Pós-side os mesmos cuidados se aplicam, mas é interessante se atentar aos eventuais planos alternativos do GPG - Anjo das Sancoes é comum no pós-side, e The Scarab God pode ser uma arma dele para jogar o "jogo justo" em volta dos Abrade e Negate. Tomadas as devidas precauções, cards como Minister of Inquiries, Champion of Wits e Walking Ballista (sem Cobra) são cards underpowered frente às bombas que o Temur apresenta.

 

 

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Como o "Midrange honesto do formato", o Temur Energy tem possibilidades de responder todos os arquétipos e hates do ambiente - o problema está em conseguir responder tudo ao mesmo tempo, em apenas 60/15.

 

A leitura do ambiente esperado é o que dita as quantidades, presenças e ausências. Magma Spray, Abrade ou Essence Scatter; Nissa, Vital Force, Nissa, Steward of Elements, Skysovereign, Consul Flagship, Vizier of Many Faces ou Carnage Tyrant; Negate, Jace's Defeat, Supreme Will ou Spell Pierce. Todos esses cards são, em teoria, para o mesmo "slot" (remoção rápida, trump card/haymaker, anulação), mas atingem melhor alguns baralhos do que outros.

 

O fato de conseguir se adaptar às adversidades é o principal ponto forte do Temur: a resiliência, que se traduz em ter um jogo forte pós-side contra todos os adversários. Semana vai e semana vem no formato, ele pode não ser a melhor escolha para um determinado evento, mas dificilmente vai ser uma escolha desastrosa, e esse fator sempre vai atrair uma quantidade considerável de jogadores para o arquétipo.

Finalizando, gostaria apenas de salientar que essa é a forma a qual eu enxergo o deck, as minhas escolhas de cartas e a maneira em que gosto de fazer o sideboard, mas longe de serem unanimidade - não duvidaria que outras abordagens completamente diferentes das minhas sejam igualmente eficazes para os matchups, especialmente as mirrors e pseudo/semi-mirrors de Midranges onde os jogadores podem ir muito para um lado ou outro do espectro.
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Quanto a vocês, leitores, em quais pontos concordam ou discordam das minhas abordagens? Como preparariam a lista do Temur Energy para os próximos eventos? Pilotos dos outros decks, quais suas estratégias e planos para bater o Temur? E para colocar lenha na fogueira, com Escaravelho ou sem Escaravelho? Deixem suas opiniões nos comentários!

Abraços e até a próxima!