Data do anúncio: 10/11/2025

 

● STANDARD 

Proft's Eidetic Memory está BANIDO
Vivi Ornitier está BANIDO
Screaming Nemesis está BANIDO

 

● PIONEER

 

Heartfire Hero está BANIDO

 

● LEGACY

 

Entomb está BANIDO
Nadu, Winged Wisdom está BANIDO

 

● PAUPER

 

High Tide está BANIDO

 

 

Data de efetivação dos banimentos: 10/11/2025

 

Próxima atualização de banimentos: 09/02/2026

 

 

Olá, gamers!

 

Meu nome é Carmen Klomparens, e sou designer sênior de jogos na equipe de Play Design de Magic. Bem-vindos ao anúncio final de banidas e restritas de 2025. No nosso anúncio de verão deste ano, vimos diversas cartas sendo banidas no Standard. Porém, desde então, ficou claro que seriam necessárias ações adicionais em alguns formatos. Com isso em mente, temos algumas mudanças em diferentes formatos hoje, com comentários meus, de Jadine Klomparens, Eric Engelhard, Gavin Verhey e Daniel Xu, abordando alterações nos formatos de mesa e digitais.

 

Como lembrete, quando anunciamos que ajustaríamos levemente o cronograma desta janela de banimentos, mencionamos que pretendemos adotar uma cadência de anúncios mais frequente para ajustar os formatos conforme necessário, e traremos mais detalhes sobre isso antes do final do ano. Enquanto isso, estou feliz em passar o “microfone” para Jadine Klomparens, que vai falar sobre as mudanças no Standard.

 

Também estamos anunciando que a próxima atualização de banidas e restritas será publicada em 9 de fevereiro de 2026. E como de costume, estaremos no WeeklyMTG, em twitch.tv/magic, amanhã, 11 de novembro, às 15h (horário do Brasil), para discutir essas mudanças.

 

 

● Standard

Escrito por Jadine Klomparens

 

    

 

O Standard esteve em má forma nos últimos meses. O deck Izzet Cauldron se consolidou como o deck mais forte do formato e manteve taxas de vitória e de presença inaceitavelmente altas por um longo período. Esse deck utiliza o núcleo Izzet Proft's Eidetic Memory que já vimos anteriormente impulsionar decks como Jeskai Oculus, agora elevado a um novo nível com a inclusão do combo Vivi Ornitier + Agatha's Soul Cauldron. Ele dominou o cenário de torneios desde que o Standard rotacionou com o lançamento de Edge of Eternities, colocando cinco ou mais cópias no Top 8 nos três eventos Standard Magic Spotlight Series que ocorreram desde então.

O deck possui um jogo justo forte, interação eficiente e um teto de combo que nenhum outro deck do formato consegue superar. É uma estratégia que cobre todos os ângulos e não apresenta um ponto claro de exploração. Como resultado, o metagame não conseguiu se ajustar ao deck e provavelmente não será capaz de fazê-lo no futuro.

 

Para abrir espaço no Standard para inovação e uma maior variedade de decks, está claro que precisamos desestabilizar o combo Vivi Ornitier + Agatha's Soul Cauldron. Essa interação é muito mais forte do que o restante do formato. Estamos optando por banir Vivi Ornitier, já que é a carta mais propensa a gerar problemas de balanceamento no futuro caso permaneça no formato. Acreditamos que o Standard será mais divertido e diverso sem Vivi Ornitier nele.

 

Há paralelos claros entre Proft's Eidetic Memory e Up the Beanstalk, que foi banida na atualização de junho. Ambas são cartas que representam um plano de jogo de uma única peça e que geram grande vantagem ao longo da partida. Além disso, ambas são encantamentos de duas manas que compram uma carta ao serem conjurados, o que dificulta interagir de forma lucrativa contra elas, pois cada uma deixa o controlador com uma carta extra após a troca. Essa combinação de características é perigosa quando presente no deck mais forte do formato, pois limita severamente o número de decks que conseguem combatê-lo.

 

Em termos de nível de poder, Proft's Eidetic Memory provou ser um motor muito forte no Standard. Ela ganhou destaque de forma significativa no deck Jeskai Oculus no Pro Tour Aetherdrift, e desde então um deck baseado em Proft's Eidetic Memory esteve presente em praticamente todos os metagames do Standard. Versões anteriores do deck foram adições saudáveis ao formato, mas adições recentes como Winternight Stories e Quantum Riddler, somadas a um maior refinamento da shell principal, nos levam a acreditar que mesmo sem Vivi Ornitier, o deck continuaria sendo um dos melhores do formato — e potencialmente ainda o melhor deck de forma clara. Para garantir que o metagame do Standard tenha espaço para novos decks e inovação no futuro, Proft's Eidetic Memory está banida.

 

Também estamos tomando uma ação contra o Mono-Red Aggro hoje. Mono-Red provou ser o deck que mais se aproximou de acompanhar o Izzet Cauldron. Apesar de não ter conseguido realmente impedir o domínio do Izzet Cauldron no formato, sua taxa de jogo em eventos competitivos e sua taxa de vitória em nossos dados internos nos levam a crer que ele poderia se tornar o favorito claro em um cenário pós-Izzet Cauldron. Metagames onde um deck agressivo é claramente o melhor costumam ser ruins para a diversidade, pois muitos decks mais lentos simplesmente não conseguem competir. Para evitar esse resultado, estamos optando por banir Screaming Nemesis.

Screaming Nemesis está entre as cartas mais fortes no deck Mono-Red Aggro padrão, e uma das mais frustrantes de se enfrentar dentro do deck. Ela, sozinha, remove grande parte das possíveis respostas ao Mono-Red ao fornecer ao deck um ótimo plano de jogo contra dois de seus predadores naturais: ganho de vida e criaturas grandes para bloquear. Sem Screaming Nemesis na equação, acreditamos que o metagame terá muito mais chances de encontrar um equilíbrio saudável, com Mono-Red sendo apenas parte do ecossistema — e não o deck a ser batido.

 

Existem versões de Mono-Red que deixam de lado Screaming Nemesis, optando por cartas como Leyline of Resonance e Slickshot Show-Off para uma versão mais rápida e all-in do deck. Apesar de uma lista assim ter vencido o Magic Spotlight: Spider-Man em Baltimore algumas semanas atrás, acreditamos que essa estratégia é mais vulnerável e mais fácil de atacar do que as versões de vermelho que utilizavam Screaming Nemesis.

 

 

Aprendizados e o Futuro

 

Um elemento comum nos três banimentos anunciados hoje no Standard é o foco no contrajogo (counterplay). Queremos que o Standard seja um formato onde os decks sejam estrategicamente distintos, tenham identidade clara e capacidade de executar planos fortes. Criar um metagame saudável em um ambiente de estratégias claras e poderosas exige que existam respostas fortes e acessíveis a esses planos. Se existe um deck dominante sem formas razoáveis de ser combatido, isso significa que o formato falhou. Essa filosofia fundamenta tanto as decisões tomadas hoje quanto nossa abordagem de design para o futuro.

 

Essa filosofia — decks poderosos, mas com contrajogo adequado — exige cuidado com cartas como Screaming Nemesis. Nosso objetivo original ao criá-la era permitir que jogadores de Mono-Red Aggro que enfrentassem um metagame hostil ainda sentissem que tinham espaço para jogar e chances reais de vencer. Ela cumpriu essa função bem demais — e acabou negando aos oponentes a possibilidade de atacarem o Mono-Red. Assumimos um risco ao projetar uma carta que protege o deck simultaneamente contra ganho de vida e contra bloqueio, e esse risco acabou resultando exatamente no cenário que vemos: uma versão do Mono-Red forte e sem contrajogo suficiente.

 

Erros de avaliação de poder individual de uma carta são, até certo ponto, inevitáveis, mas existem maneiras de melhorar nossa precisão. Vivi Ornitier, por exemplo, demonstrou como um erro de avaliação pode ser amplificado quando não percebemos interações com cartas existentes, como Agatha's Soul Cauldron. Cada vez mais, o metagame do Standard é definido por sinergias complexas entre múltiplas cartas, e não pelo poder isolado de uma única carta. Ajustar nossa filosofia de design para isso é um processo em andamento, e ainda temos margem para melhorar.

 

Da mesma forma, Proft's Eidetic Memory é um exemplo de motor de vantagem que escapou ao controle devido ao aumento da densidade de interações poderosas no formato. Nós a projetamos e testamos durante o Standard de Murders at Karlov Manor, onde a maioria de suas sinergias mais fortes não existia ainda. Percebendo essa falta de suporte, criamos Steamcore Scholar na mesma coleção para funcionar bem ao lado de Proft's Eidetic Memory. Como as interações eram limitadas, nos sentimos confortáveis em deixá-la com uma taxa individual mais alta, e projetamos um deck de força média, mas divertido. Achávamos que ela apareceria ocasionalmente, não como uma das melhores estratégias do formato.

 

E estávamos certos — naquele ambiente.

 

Demorou sete meses até o lançamento de Duskmourn: House of Horror e Fear of Missing Out para que o pacote baseado em Proft's Eidetic Memory realmente se afirmasse como peça central do Standard. À medida que novas cartas foram adicionadas e o pacote se fortaleceu, jogar contra o deck se tornou cada vez menos divertido. Por exemplo, Fear of Missing Out introduziu explosões de dano de combo que não existiam durante nossos testes. Isso tornou o deck mais forte e mais punitivo de enfrentar.

 

Ao percebermos que Proft's Eidetic Memory tinha capacidade de ser extremamente poderosa ao lado de criaturas que compram cartas e mágicas baratas que compram múltiplas cartas, deveríamos ter considerado quão provável seria imprimirmos mais cartas desse tipo no futuro. Neste caso, a resposta era: muito provável. No futuro, essa será uma pergunta que faremos sempre antes de lançar motores desse tipo com taxas altas.

 

Para concluir esta seção sobre Standard, quero reconhecer que o cronograma de anúncios de banidas e restritas deste ano não foi o ideal, e o Standard competitivo sofreu com isso — especialmente nos últimos três meses. Ainda acreditamos na filosofia central da nossa abordagem: queremos atualizações previsíveis e um Standard estável. Porém, reconhecemos que a execução desse plano, este ano, causou problemas que precisamos corrigir.

 

Como mencionado no início deste artigo, no próximo ano aumentaremos o número de janelas de atualização de banidas e restritas. Isso nos dará flexibilidade para agir rapidamente caso o metagame volte a entrar em desequilíbrio severo. Nosso critério para agir no Standard permanece elevado, mas intervenções serão feitas quando houver um deck claramente dominante sem um ângulo realista de ataque.

 

Como dito anteriormente, o próximo anúncio de banidas e restritas ocorrerá em 9 de fevereiro de 2026. Também discutiremos essas mudanças no WeeklyMTG no dia 11 de novembro, então fique atento.

 

 

● Pioneer

Escrito por Carmen Klomparens

 

 

Pioneer está em uma situação interessante. De uma perspectiva externa, as coisas parecem bem! Existem diversos decks viáveis, com um Magic Online Showcase Challenge no início deste mês apresentando cinco arquétipos distintos nas rodadas eliminatórias.

 

O problema central do formato — especialmente no MTG Arena — é que uma parte muito grande do metagame consiste em Mono-Red Aggro e decks construídos especificamente para punir Mono-Red Aggro. E com razão, já que Mono-Red Aggro é o arquétipo com a maior taxa de vitórias por uma margem significativa, e, quando olhamos para o jogo Best-of-One, ele também apresenta mais jogos do que o segundo e o terceiro arquétipos mais jogados somados.

No geral, nosso objetivo com esse banimento é reduzir a taxa de vitória do Mono-Red, especificamente ao atingir o nível de pressão que Heartfire Hero impõe ao formato — forçando o oponente a ter interação já no primeiro turno, sob risco de morrer no turno três. Pioneer é um formato profundo o suficiente para que acreditamos que Mono-Red Aggro consiga se adaptar confortavelmente, e reduzir a inevitabilidade que vem dessa pressão inicial deve expandir o espaço de exploração para jogadores do arquétipo.

 

 

● Modern

Escrito por Carmen Klomparens

 

"Sem mudanças"

 

Este é um ótimo momento para jogar Modern. Nos últimos meses, vimos uma quantidade significativa de variedado no competitivo, incluindo o Pro Tour Edge of Eternities e a primeira rodada dos Regional Championships de Modern desta temporada, com o formato apresentando mudanças e adaptações de evento para evento.

O Pro Tour Edge of Eternities apresentou um metagame Modern bastante diverso, com sete decks diferentes no Top 8, e o único deck repetido — Tameshi Belcher — vencendo tudo nas mãos de Michael DeBenedetto-Plummer. O deck mais jogado, Esper Goryo's Vengeance, colocou apenas uma cópia no Top 8 e apresentou uma taxa de vitória dentro do que consideramos saudável para um deck forte.

Após o Pro Tour, surgiram muitas questões sobre para onde o formato iria e como ele se adaptaria. Felizmente, Modern é um formato que possui hate cards fortes, extremamente eficazes em mirar decks específicos. Desde então, Amulet Titan e Izzet Affinity demonstraram ser forças ainda presentes, apresentando resultados consistentes no nível de Regional Championships.

Amulet Titan é um deck com uma longa história no formato, permanecendo entre os melhores mesmo em metagames que incluíam diversas cartas hoje banidas. As adaptações recentes do deck incluem um combo infinito entre Shifting Woodland e Aftermath Analyst que permite ao deck produzir Primeval Titan infinitos; devolver diversas permanentes com Otawara, Soaring City; e destruir a maior parte dos terrenos do oponente ao ficar reciclando Boseiju, Who Endures.

 

Esse tipo de combo não é problemático por si só, mas estamos cada vez mais atentos a questões logísticas de torneio que podem surgir com um deck tão complexo quanto Amulet Titan quando sua taxa de vitória leva a uma adoção ampla no formato. Considerando a história do deck e a capacidade de Modern de absorver a maioria dos decks de combo ao longo do tempo, não estamos interessados em fazer mudanças no formato neste momento, mas continuaremos monitorando o impacto de Amulet Titan nos próximos meses. Caso o deck continue a aumentar significativamente o tempo das rodadas em eventos competitivos, podemos começar a considerar ações.

 

As mudanças no Modern não se limitaram apenas à redistribuição de fatias do metagame vista no Pro Tour, porém.

A cobertura do Regional Championship em Houston começou com o campeão do Pro Tour Edge of Eternities, Michael DeBenedetto-Plummer, vencendo uma partida com uma nova variação do arquétipo Blink, com algumas dúvidas iniciais sobre como o deck se sairia ao longo do fim de semana. No domingo, Vinnie Fino provou ao mundo que Jeskai Blink é um verdadeiro deck no Modern.

 

Combinando o poder de ameaças eficientes como Ragavan, Afanador Agil, o pacote clássico de blink que Ephemerate potencializa com Quantum Riddler e Solitude, e o uso proativo da carta de sideboard amplamente jogada Consign to Memory — agora também aparecendo no main deck — Jeskai Blink tem muita coisa a seu favor. O fato de ainda haver espaço novo para exploração (e sucesso!) no Modern nos deixa otimistas de que teremos um formato excelente durante esta temporada de Regional Championships.

 

 

● Legacy

Escrito por Carmen Klomparens

 

  

 

Chegou a hora.

 

Depois de um esforço significativo para preservar o padrão icônico de jogo envolvendo Entomb e Reanimate no Legacy, chegou o momento de encerrar esse ciclo. Por vários anos, Dimir Reanimator se manteve no topo do metagame do formato, sobrevivendo a diversos banimentos — e cada um desses ajustes mal afetou o deck. No início deste ano, tentamos “banir ao redor de Entomb”, forçando os jogadores a adotarem uma versão mais comprometida do Reanimator, que precisasse escolher entre ter um plano de jogo “justo” consistente ou seguir apostando em uma estratégia de combo explosivo e punível.

 

Na atualização anterior da lista de banidas e restritas, comentamos que queríamos dar mais tempo para o formato se ajustar à versão atual de Dimir Reanimator (e também de Oops! All Spells). Encontrar formas de lidar com baralhos tão poderosos como os do Legacy leva tempo — e no caso de Oops! All Spells, sua presença no metagame caiu drasticamente, com o deck enfrentando dificuldades consideráveis no North American Eternal Weekend Legacy Championship deste ano.

 

Por outro lado, Dimir Reanimator teve um desempenho sólido, mesmo sendo um dos principais alvos de sideboard e mantendo uma fatia relevante do metagame.

Banir Entomb não é uma decisão tomada de maneira leviana, nem algo que nos traga satisfação. No passado, Entomb fez muito pelo jogo: inspirou construções criativas, se tornou uma carta icônica e, em alguns momentos, ampliou a gama de ameaças que poderiam ser exploradas no Legacy.

 

Infelizmente, o contexto atual não é esse. Hoje, Entomb não está habilitando jogadores a escolher entre Inkwell Leviathan, Archon of Valor's Reach ou Tidespout Tyrant como opções estratégicas. Seu uso predominante se resume a um pequeno grupo de criaturas extremamente eficientes que se encaixam em um plano tradicional de ameaças apoiadas por counterspells eficientes.

 

Nos últimos anos, os detalhes da lista de Dimir Reanimator mudaram, mas o esqueleto central permaneceu o mesmo: os incentivos que Entomb traz para o deckbuilding tornam fácil demais explorar ameaças de alto impacto sem pagar o preço normalmente associado a decks que combinam enabler + payoff. Essencialmente, Entomb permite ignorar os riscos, transformando a carta diretamente na capacidade de colocar no cemitério uma das criaturas mais poderosas já impressas.

 

Isso resultou em uma versão do Legacy que tem sido, no mínimo, divisiva, e no pior dos casos, amplamente rejeitada. Acreditamos que essa mudança permitirá separar melhor os decks que querem “roubar” criaturas grandes para o campo de batalha daqueles que desejam jogar um jogo mais tradicional de Magic, em vez de um híbrido que alterna facilmente entre as duas metades do deck quando enfrenta hate.

 

Nossa expectativa é que os jogadores que preferem o lado mais tempo e interativo do deck (com Daze e cantrips) possam seguir jogando através de baralhos como Izzet Delver ou Dimir Tempo.

No curto prazo, acreditamos que jogadores mais inclinados ao estilo “trazer criaturas gigantes cedo” ainda terão caminhos viáveis no Legacy, embora com detalhes diferentes.

Embora provavelmente leve algum tempo para que as variantes de Reanimator encontrem uma nova configuração que funcione de maneiras semelhantes às que eram possíveis quando Entomb era legal, ainda existem decks no estilo Sneak and Show e Natural Order que permitem aos jogadores colocarem seus monstros gigantes favoritos na mesa antes do esperado.

 

Agora, indo para o outro extremo do espectro de previsibilidade, temos Nadu, Winged Wisdom.

 

Aqui a situação é mais direta: Nadu é um 'outlier' de poder, que passou um pouco despercebido. Similar ao que vimos no período que antecedeu o Pro Tour de Modern Horizons 3, os decks com Nadu não têm aparecido tanto no ambiente online, em parte porque são trabalhosos de pilotar em plataformas digitais — apesar das altas taxas de vitória.

 

Existem dois principais arquétipos de Nadu no Legacy. O primeiro adapta os decks conhecidos como “Cephalid Breakfast”, nome vindo do Cephalid Illusionist:

Essa foi a lista de Nadu mais bem colocada no Eternal Weekend e se aproxima do que consideramos um combo adequado para um formato Eterno: quando o combo engrena, ele é frequentemente determinístico, usando Cephalid Illusionist para encher o cemitério, gerando Narcomoeba, Dread Return e finalizando com Thassa’s Oracle. Aqui, o oponente tem pontos claros de interação, o que deixa o baralho mais equilibrado e interessante de se ter no formato.

 

Por outro lado…

As versões midrange de Nadu conseguem ultrapassar o que outros decks fazem em um grau que, na prática, parece que o oponente está sofrendo um combo — mesmo quando a vitória não é determinística.

Além disso, o deck pode se tornar lento, demorado, fisicamente difícil de executar e prolongar partidas muito além do necessário, apesar do jogo já estar essencialmente decidido.

 

A habilidade de alvo de Nomads en-Kor, que custa zero, permite duplicar efetivamente a quantidade de ativações por turno, e isso se acumula com efeitos de Endurance e Scythecat Cub, criando sequências longas e cansativas.

Ao mesmo tempo, o deck é bem mais resistente ao hate tradicional, já que funciona como um baralho de criaturas capaz de jogar Magic normalmente mesmo quando a parte de combo é atacada.

 

Essa combinação de alto poder, dificuldade de interação e padrões de jogo indesejáveis nos leva a agir contra Nadu de forma mais rápida do que normalmente faríamos no Legacy — mas acreditamos que é o melhor para a saúde do formato.

 

 

● Vintage

Escrito por Eric Engelhard

 

"Sem mudanças"

 

O metagame de Vintage após o North American Eternal Weekend parece muito saudável. Dependendo de como você classifica os arquétipos, tivemos sete ou oito decks diferentes no Top 8 — incluindo pilares do formato como Initiative, Dredge e duas variantes de Shops, além de três decks com Lurrus da Toca Onirica como companheira, cada um com diferenças internas significativas.

 

O Mono-White Initiative voltou a conquistar o título, repetindo o feito de 2022, agora contando com o reforço de Clarion Conqueror, de Tarkir: Dragonstorm, ajudando o deck a manter outras estratégias sob controle.

 

Além deste torneio especificamente, o panorama geral do formato segue semelhante. Decks que utilizam Lurrus como companheiro continuam tendo forte presença, mas de forma saudável — sustentando diferentes arquétipos ao invés de colapsar o formato em um único estilo de jogo.

 

Muitos de nós acreditávamos que Tezzeret, Cruel Captain, de Edge of Eternities, poderia encontrar espaço no Vintage — e ficamos satisfeitos em ver isso acontecer, com o card aparecendo no Top 8 e sendo incorporado a muitas listas de Shops, fortalecendo-as especialmente contra estratégias com Lurrus. Estamos acompanhando a situação, mas tudo indica estabilidade no momento.

 

No geral, Vintage está em um ótimo lugar. Estamos ansiosos para os dois próximos Eternal Weekends deste ano e não antecipamos problemas de metagame surgindo nesse meio-tempo.

 

 

● Pauper

Escrito por Gavin Verhey

 

 

Em março, nós desbanimos High Tide e Prophetic Prism como parte de algo novo que chamamos de “unbans de teste” — uma ideia inédita e muito útil sugerida pelo Pauper Format Panel. Enquanto Prophetic Prism voltou ao formato sem gerar qualquer controvérsia, High Tide foi uma história completamente diferente.

 

Rapidamente, jogadores começaram a montar listas. As melhores mentes do Pauper convergiram para uma construção que utilizava, veja só, a mecânica splice onto Arcane para gerar grandes quantidades de mana ao repetir Psychic Puppetry várias vezes. Aqui está uma lista recente que venceu um Challenge do Magic Online:

Nós realmente quisemos dar tempo ao tempo para observar como o formato evoluiria conforme as semanas passavam. Agradecemos a sua paciência enquanto acompanhávamos de perto o impacto dessa mudança durante o período experimental.

 

Considerando a combinação de: Resultados fortes do deck, Tempo excessivo necessário para executar o combo, Padrões de jogo frustrantes, E polarização do metagame, decidimos banir High Tide novamente, neste momento.

 

Foi um experimento valioso, e estamos felizes por tê-lo realizado. Porém, ao final, acreditamos que High Tide legal não traz um impacto positivo para o formato como um todo.

 

Para mais detalhes sobre como chegamos a essa decisão, você pode conferir o artigo completo aqui.

 

FONTE (incluindo explicações sobre formatos apenas digitais)

 

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Confesso que, de maneira geral, gostei dos movimentos anunciados, mas tenho algumas ressalvas importantes.

 

No Standard, o banimento de Screaming Nemesis é curioso. O deck vencedor do último Spotlight Series foi um Mono Red que usava a carta apenas no sideboard. É estranho que, entre tantas peças que poderiam ser alvo, essa tenha sido a escolhida. Além disso, sinto que faltou algo em relação ao Dimir Midrange. Se a nova coleção não conseguir enfraquecer o "eixo de vantagem" dele, há risco de continuarmos com um formato centralizado demais.

 

Sobre o Deck Izzet Vivi, não posso dizer que “engoli” totalmente a justificativa para a demora em agir. Na atualização anterior, era possível ter resolvido o problema com Proft's Eidetic Memory e Caldeirao de Almas de Agatha, evitando a sensação de inércia no processo.

 

Indo para o Pioneer, o “formato esquecido”: não basta banir. O formato precisa de incentivo organizacional — eventos, visibilidade, motivo para se importar — ou ele vai continuar caminhando para o limbo que já vem se aproximando.

 

No Modern, a não-ação faz sentido. Estamos no meio da temporada competitiva, e qualquer ajuste seria disruptivo demais.

 

Sobre o Legacy, era evidente que algo precisava ser feito em relação ao UB Reanimator, mas a decisão demorou tanto que muitos jogadores já tinham, sinceramente, desistido da esperança de mudança. Ainda assim, foi o movimento correto.

 

Por fim, no Pauper, entendo a frustração de quem jogava com o deck de High Tide — mas, como espectador do formato, o padrão de jogo era realmente desgastante. A decisão, para mim, foi acertada.

 

Uma última observação importante é que o próximo anúncio de banimentos será exatamente uma semana antes do nosso Regional Sul-Americano que será realizado em Santiago - Chile nos dias 14 e 15 de fevereiro. 

 

E vocês o que acharam das mudanças? Lembrem-se de manter o respeito nos comentários!