Olá!
Universes Beyond continua a todo o vapor, e a coleção da vez é Avatar: the Last Airbender, que chega em um contexto de pós-banimentos do Standard, onde ainda há aquela briga pelo topo do metagame e, consequentemente, a chance de novas cartas brilharem. Com isso em mente, como normalmente fazemos por aqui, pretendo analisar as minhas cartas favoritas de Avatar: the Last Airbender, com foco principalmente para o Standard, mas sem nenhum empecilho caso veja alguma opção interessante para outros formatos construídos.
Com esse cenário estabelecido — uma coleção temática forte, um Standard em transição e espaço de sobra para novidades surpreenderem — é hora de partir para o que realmente interessa. Sem mais delongas, vamos conferir os destaques de Avatar: the Last Airbender e entender como cada uma dessas cartas pode influenciar o Magic nos próximos meses.

• The Legend of Kuruk – Combinando aquele desejável efeito de vantagem de cartas dos Controles/Midranges com um finalizador na forma de Avatar Kuruk, pode ser uma boa alternativa para decks mais voltados para permanentes e jogar no seu próprio turno (algo na linha de um Sultai ou Grixis Midrange).
• The Legend of Roku – Efeitos que geram vantagem de cartas para decks agressivos como Confronto dos Skalds sempre tem um lugarzinho nas reservas para enfrentar oponentes mais interativos e subir ligeiramente a curva. A principal vantagem em prol de The Legend of Roku é o de converter esse valor em uma ameaça forte posteriormente, já que é capaz de colocar dragões 4/4 que vão aumentando cada vez mais caso ele não seja respondido.
• Badgermole Cub – Potencialmente a melhor carta da coleção, Badgermole Cub por si só já consegue acelerar da curva 2 para 4 enquanto coloca uma ameaça no campo de batalha. Junto de Elfos de Llanowar, é possível chegar até mesmo na sexta mana no terceiro turno sem tanto esforço, algo que é bastante louvável pensando em Standard. Porém, a coisa sai totalmente do controle quando pensamos em formatos mais antigos: Mono Green Devotion no Pioneer ganha uma explosão ainda maior, Elves podem sonhar em ressurgir no Modern e ganhar ainda mais força no Legacy. E a cereja do bolo é que Badgermole Cub funciona bem em múltiplos, já que não é lendário e cada cópia adicional faz gerar ainda mais mana verde!

• Wan Shi Tong, Librarian – Historicamente, permanentes que punem o oponente por realizar ações necessárias para o executar do Magic: the Gathering em 2025 sempre costumam ter um bom espaço. Nosso melhor exemplo recente é o poder de Mestres Arqueiros Orcs, que já foi até cogitado como banível dentro do Legacy, enquanto outras ameaças como Fura-casco e Agente da Oposicao também são fortes nos formatos Eternos e em Cubos. Wan Shi Tong, Librarian tem tudo para se juntar ao “clube dos odiados”, já que através do Lampejo consegue punir a busca do oponente em resposta ao efeito, ao mesmo tempo em que bastam algumas poucas ativações para que saia do controle como ameaça voadora com vigilância. Adicionalmente, é um ótimo “mana sink” (gastador de mana) para partidas que se prolongam, podendo gerar uma ou até duas cartas a mais com relativa facilidade apenas ao entrar no campo de batalha. Espero ver Wan Shi Tong em diversos baralhos através do formatos, como variações de Delver, Murktide, Frog, Flash e Tempo.
• Phoenix Fleet Airship – Em primeira vista, é um veículo relativamente pesado e que depende de sinergias específicas para funcionar. Porém, em decks como Golgari Food Pioneer e Orzhov Sacrifice Standard pode ser uma ótima ameaça alternativa, ganhando partidas para esses decks nas costas de um 4/4 voador enquanto o oponente foca em atacar o cemitério com Jaula do Escavador de Tumulos e similares.
• Day of Black Sun – Acobertamento Mortal é uma remoção global “staple” (pilar do formato) no momento do Standard, mas com os banimentos de Vivi Ornitier e Screaming Nemesis pode se tornar menos necessária, abrindo espaço para Day of Black Sun como opção para lidar com criaturas menores, especialmente fichas e de curva 1, onde entrega uma remoção global eficiente e que pune criaturas como Nesting Bot.

• Mai, Scornful Striker – “hatebears” (criaturas 2/2 de ódio) Sempre encontram espaço para jogar nos decks e reservas, e o fato de Mai, Scornful Striker ter uma excelente estirpe de Humano e Aliado potencialmente pode ganhar espaço em vários lugares para punir decks como Lotus Combo, Ruby Storm e Simic Omniscience. A habilidade de combate retém alguma utilidade para partidas de criaturas, com a iniciativa credenciando-a para jogar até nas 60 iniciais de algumas estratégias.
• Suki, Courageous Rescuer – Parece haver bastante incentivo para Aliados jogarem em Avatar, embora Suki consiga achar uma ótima sinergia com Voice of Victory no Standard atual, além de algumas versões de Orzhov Sacrifice que aparecem aqui e ali nos Tiers mais baixos do formato.
• Ty Lee, Chi Blocker – Poucas criaturas gritam “tempo play” (jogada favorável em tempo) quando Ty Lee. Ao menos duas cópias me parecem uma inclusão automática em qualquer estilo de deck tempo, seja ele o Dimir Midrange, Izzet Prowess ou até mesmo em formatos mais antigos. É uma ótima ameaça para começar a “virar a chavinha” quando jogando de trás, e sendo especialmente punitiva quando o deck tem a dianteira na pressão, exigindo uma resposta por parte do oponente até para voltar a acessar a criatura alvejada.

• The Fire Nation Drill – A versão turbinada de Chupacabra Voraz pode não acertar todas as criaturas do jogo, mas sua combinação de corpo 6/3 atropelar e principalmente remover indestrutibilidade / resistência à magia do oponente podem tornar The Fire Nation Drill em uma resposta de nicho e que gera valor em decks mais Midranges.
• Zhao, the Moon Slayer – Sem Screaming Nemesis no Standard e Heartfire Hero no Pioneer, é fato que os Red Deck Wins sofrem um duro golpe, mas que pode ser parcialmente reposto pela presença de Zhao, the Moon Slayer. Por duas manas, um 2/2 com ameaçar que pune a base de mana gananciosa dos oponentes vai por vezes conseguir o tempo necessário para impedir uma remoção global na curva ou jogada potencialmente estabilizadora do oponente – e caso a partida eventualmente chegue lá, na curva 7 Zhao é capaz de por si só travar alguns baralhos no Standard e Pioneer.
• Earthen Ally – O sucesso de qualquer baralho agressivo depende de uma boa oferta de drops 1 jogáveis, e parece que a Wizards vem entendendo isso como aplicável em sua filosofia de design. Earthen Ally é simples e direto, mas em seu deck, tem boas chances de ser um 3/2 ou 4/2 com frequência, sendo possível até mesmo gerar um Aliados no Pioneer ou Modern.

• Momo, Friendly Flier – Azorius Fliers já foi um deck tier baixo nos Standards passados, e embora Momo ative essa sinergia, o nível de poder simplesmente não está lá ainda. Porém, a redundância de ter aliados baratos de uma mana chama a atenção, e caso o deck vingue no Standard, ele certamente estará lá.
• Obsessive Pursuit – No Magic de 2025, permanentes que geram valor com ainda mais permanentes são sempre bastante funcionais, e com Obsessive Pursuit sendo capaz de mexer com dois dos três principais recursos do jogo (vida, cartas), não é difícil imaginá-la em decks que se beneficiem dos artefatos sacrificáveis praticamente gratuitos, e até mesmo da nova mecânica de Waterbend para reduzir custos.
• Raven Eagle – A comparação imediata aqui é com Invasora do Cemiterio, e embora a lobisomem tenha suas vantagens principalmente na dificuldade de ser interagida e capacidade de ganhar a corrida de dano, Raven Eagle leva pontos a mais no quesito gerar valor, já que a pista se transforma em cartas adicionais de fato. Voar também a coloca com uma habilidade de combate melhor, e ainda é possível drenar um pouco da vida do oponente nas circunstâncias corretas. Em metagames muito “pegados” no atrito, Raven Eagle possivelmente toma esse espaço – e no Standard, com certeza achará algum espaço como uma ótima ameaça por si só que ataca cemitérios ainda no primeiro jogo.

• Firebending Student – A aparentemente inofensiva criatura que já gerou inúmeros combos capazes de ganhar o jogo no turno 3, Firebending Student é a ameaça perfeita para decks estilo Boros Heroic, já que a mana precisa obrigatoriamente ser utilizada no combate, e com a Destreza, não é tão difícil gerar 2 ou 3 manas com pouquíssimo esforço e comprometimento.
• Great Divide Guide – Fractius Pele Preciosa versão Aliado, Great Divide Guide é uma inclusão praticamente automática nos decks de Aliados, gerando correção de mana e explosão nos turnos iniciais, além de possuir o corpo 2/3 que escapa de remoções menores como Stab e Explodir em Raios.
• South Pole Voyager – Criatura que fornece a massa crítica de Aliados, além de recompensar por investir firme na estirpe mantendo o fluxo de cartas e o gás.

• Southern Air Temple, The Spirit Oasis, Northern Air Temple, Crescent Island Temple, Kyoshi Island Plaza – Uma abordagem diferente para os Sacrários, fazendo seus efeitos ao entrar e quando outro Sacrário entra, ao invés de toda fase de manutenção. Para o Standard, apenas esses cinco não dão opção suficiente para o deck ser funcional, mas talvez no território da brincadeira Pioneer seja possível esboçar alguma coisa. Destaque para The Spirit Oasis como uma compra brutal, ao melhor estilo Conferencia das Guildas, e Northern Air Temple como condição de vitória finalizadora.
• Shared Roots – Mesmo sem levar em conta o tipo Lição, Shared Roots traz um Crescimento Exuberante perfeitamente funcional para o Standard depois de muitos anos – algo que pode ser considerado até saudável, já que é uma “staple” do verde junto de Elfos de Llanowar. A presença de outras opções similares como Vislumbrar o Nucleo sem impactar praticamente nada o formato fortalece o ponto de ao menos testar o efeito novamente.
• Heartless Act – Desde a rotação de Atacar na Jugular, preto estava algo carente de uma remoção eficiente que acerte a maioria das criaturas do formato (Atirar no Xerife falha em acertar os muitos fora-da-lei que são válidos no formato). Ato Cruel cumpre esse espaço de forma simples e direta, com poucas criaturas que escapam de seu escopo.

• Epic Downfall – Outro reprint de remoção, embora mais nichada. Queda Épica interage melhor contra criaturas maiores e de valor, ao custo da velocidade instantânea e de lidar com criaturas pequenas.
• Boomerang Basics – Servindo tanto como “tempo play” quanto como ferramenta de valor para o Esper Pixie, Boomerang Basics pode encaixar-se no arquétipo como uma interação sinérgica.
• Seismic Sense – Por apenas uma mana, é uma ótima carta de seleção para o verde que melhora conforme a partida progride. Sua única limitação é prender-se à somente criaturas ou terrenos, de modo que nem todos os baralhos conseguem aproveitar-se do benefício.

• Unlucky Cabbage Merchant – Golgari Food no Pioneer parece ser um deck que ganhou muitas opções interessantes, e Unlucky Cabbage Merchant é uma dessas, especialmente por ser um deck que consegue sacrificar várias comidas de uma só vez antes da habilidade resolver, o que permite uma aceleração maior que facilita Ygra ser jogado da mão. Porém, mesmo no pior cenário, criar um corpo 2/2 e uma ficha de comida em uma só carta é razoável.
• Curious Farm Animals – Uma excelente opção buscável para decks estilo “toolbox” (caixa-de-ferramentas), Curious Farm Animals lida com permanentes problemáticas enquanto é um corpo 1/1 que ataca, bloqueia, e ainda recupera um pouco do tempo perdido em conjurar e sacrificar.
• Katara, the Fearless – A maioria dos aliados possui efeitos relevantes ao entrar no campo de batalha, e Katara, the Fearless potencializa essas habilidades, servindo como um topo de curva valoroso no eventual deck de Aliados.

• Earth King's Lieutenant – Literalmente Tenente de Thalia para aliados, com o bônus de ter atropelar para os momentos em que cresce substancialmente ainda ser capaz de passar dano. Earth King’s Lieutenant é a cola que tornará os decks de Aliados agressivos eficientes e funcionais.
• Sandbender Scavengers – Orzhov Sacrifice está a algumas poucas peças de tornar-se talvez um sólido Tier 2 no Standard, e Sandbender Scavengers funciona de forma interessante tanto crescendo como ameaça, quanto retornando parte do valor quando ele morre, ajudando a compor uma massa crítica sinérgica para a estratégia.
• Tolls of War – A versão Depósito Escondido disponível para o Standard, Tolls of War exige um deck que funcione em volta dele, mas oferece uma boa recompensa de valor contínuo, especialmente em múltiplos. Mais uma carta que pede Orzhov Sacrifice no Standard!


• Abandoned Air Temple – O ciclo de Abandoned Air Temple é bem interessante como adição para decks monocoloridos, ofertando alguma utilidade na base de mana. No branco, tanto Mono White Tokens como um eventual White Weenie podem se beneficiar de algumas cópias. Embora por si só não faça mesa, Abandoned Air Temple é uma ótima forma de crescer a mesa que já tenha sido criada por outras fontes.
• Agna Qel'a – Mesmo sem gerar vantagem de cartas real, ter acesso a um efeito como Agna Qel’a para filtrar suas compras nos estágios mais tardios do jogo é excelente, justificando seu encaixe em talvez 1 cópia em decks como Azorius Control ou Simic Omniscience.
• Realm of Koh – Possivelmente o melhor terreno do ciclo, criar fichas 1/1 imbloqueável é exatamente o que decks como Orzhov Sacrifice (olha ele aí novamente!) e até mesmo aggros como Rakdos Lizards podem encaixar como “mana sink”. Por si só, Realm of Koh gera aquele fluxo de ameaças constante, punindo um plano extremamente reativo dos adversários.
• Ba Sing Se – Decks como Mono Green Landfall podem encaixar 1 ou 2 cópias de Ba Sing Se como forma de manter o fluxo de ameaças nos estágios mais avançados do jogo em partidas de atrito – mesmo que seu efeito não seja exatamente o mais impactante, é possível tanto criar vários 2/2s para ir “por baixo” quanto crescer um terreno apenas para mais marcadores, passando por cima em mesas travadas forçando o bloqueio.
• Jasmine Dragon Tea Shop – Um dos principais requisitos para um Aggro ser funcional é ter uma boa base de mana desvirada, e Jasmine Dragon Tea Shop oferece isso aos Aliados no melhor estilo Colonia de Fractius. Fixar as cinco cores, também podendo ser utilizado para ativar habilidades é primordial para habilitar todas as sinergias da estirpe, e ser um “mana sink” que ajuda a colocar mais Aliados em jogo, contornando remoções globais e disputando melhor nas partidas de atrito conta todos os pontos em favor do terreno.
E quanto a vocês, leitores, o que acharam das opções mencionadas no artigo? Acreditam que alguma dessas cartas não merecia estar aqui na lista? Ou quem sabe alguma outra carta interessante que não foi mencionada? Compartilhem suas opiniões aqui nos comentários!
Abraços e até a próxima!