Olá!
O Standard é um dos formatos que mais sofreu mudanças recentemente, considerando as atualizações na lista de banimentos (com Screaming Nemesis, Vivi Ornitier e Memoria Eidetica de Proft saindo) e a chegada de uma nova coleção que parece bastante promissora: Avatar The Last Airbender. E já estamos recebendo as primeiras levas de listas provenientes diretamente do Magic Online, tanto das Ligas quanto dos Challenges, que já mostraram que há espaço tanto para “velhos amigos” quanto para as novidades.
A “opção segura, consistente e poderosa” que não exige comprometimento com cartas novas, e de certa forma o óbvio “melhor deck” que não foi afetado pelos banimentos: o Dimir Midrange com Kaito, Ruina dos Pesadelos e Enduring Curiosity. O deck combina consistência na base de mana, com espaço para terrenos de utilidade, velocidade para punir decks mais pesados e disrupção para impedir que oponentes consigam chegar em planos “por cima”, e sem sombra de dúvidas é o “marco” quando pensamos em decks a serem batidos no novo Standard – seu deck precisa ser capaz de apresentar um plano contra o Dimir Midrange, ou do contrário, talvez não seja bom o bastante enquanto opção.
Sem Screaming Nemesis não necessariamente significa “Sem Mono Red”, mas sim que talvez uma rota alternativa seja necessária para manter a competitividade do arquétipo. Listas com Vibora Escaldante // Limpeza a Vapor e um sutil “splash” azul já existiam anteriormente, e junto de Razorkin Needlehead e Hired Claw, a ideia é alcançar grandes quantidades de dano direto ao combiná-los com Ojer Axonil, Forca Profunda. No mais, é um deck bem “reto”, capaz de uma curva rápida e punitiva para qualquer um que esteja muito ganancioso em sua base de mana ou com um plano muito lento.
Talvez o melhor indicativo de um formato interessante seja que todos os tipos de decks sejam ao menos viáveis em termos competitivos – e completando o Tempo e o Aggro do Dimir Midrange e do Red Deck Wins, temos o Simic Omniscience como representante “puramente combo” e o Jeskai Dragons como Controle.

Ambos são decks testados e aprovados, que ganham força tanto pelo nível de poder médio do formato ficar mais baixo sem Vivi Ornitier e Screaming Nemesis, e são opções seguras para os que gostam do estilo de jogo e querem esperar a “poeira baixar” antes de fazer maiores investimentos em Avatar: the Last Airbender, seja em cartas físicas, curingas no Magic Arena ou esperar o aluguel liberar as novas cartas no Magic Online.
Quanto aos decks que já existiam, mas que ganharam um super-reforço, temos o Esper Pixie (e suas variações). Boomerang Basics é aquela mágica aparentemente inócua que acaba cumprindo papel importantíssimo na estratégia, funcionando como interação para atrasar o adversário enquanto vai passando dano, mas também como ferramenta geradora de valor para o próprio plano de retornar permanentes valorosas como Stormchaser's Talent, Nowhere to Run e Momentum Breaker.
Boomerang Basics trouxe a redundância que o Dimir precisava para que o plano Self-Bounce funcionasse com consistência. Além de interagir com o trio de encantamentos Stormchaser’s Talent, Nowhere to Run e Momentum Breaker, uma das melhores peças para se alvejar gerando recursos adicionais é Thundertrap Trainer – que também gera um valor absurdo junto de Splash Portal. Outra linha é aproveitar-se do custo de Warp de Quantum Riddler para, então, “blinka-lo” com Splash Portal, gerando novas compras e mantendo a criatura 4/6 voar no campo de batalha.
Enquanto outros decks tentam emplacar novas cartas e fazer “gracinhas” um tanto quanto ineficientes, o Gruul Leyline ressurge pelas beiradas, com potencial de ganhar a partida no turno três utilizando-se de Leyline of Resonance e Mercenario Impiedoso // Queimar Juntos.

Mesmo sem Heartfire Hero, o deck foi se reinventando, e encontrou na dupla Stadium Headliner (fonte de criaturas constantes com sua habilidade de Mobilize) e Bode Expiatorio Frenetico (criatura com ímpeto e ameaçar que dificulta a matemática do combate do oponente) opções sólidas para a curva 1, que se encaixam com o plano principal de utilizar truques de combate nas criaturas pequenas.
Talvez o deck mais esperado com Avatar: the Last Airbender, a combinação de estirpe com Aliados já mostrou a que veio, alcançando um Top 16 no primeiro Standard Challenge com a coleção, além de variações terem alcançado também o 5-0 em Ligas. Wartime Protestors, South Pole Voyager e Earth King's Lieutenant são os principais “payoffs” (as recompensas) por manter-se na estirpe de Aliados, com Great Divide Guide cumprindo aquele papel de Fractius Pele Preciosa que explode as manas para forrar a mesa com Aliados num grande turno.

Outro ponto que conta em favor dos Aliados é que as criaturas “preenchedoras” também são interessantes, com Earth Kingdom Protectors e Earthen Ally sendo drops 1 que agregam, enquanto que Invasion Reinforcements povoa a mesa com lampejo de modo a dificultar a interação do oponente. Aang, Swift Savior oferece aquela proteção extra contra jogadas grandes e remoções globais, enquanto possui o tipo certo para encaixar no deck.
A base de mana também é consistente, com Caverna das Almas, Starting Town, Jasmine Dragon Tea Shop e Patio Reservado fazendo todas as cores apenas com ótimos terrenos desvirados. Multiversal Passage ajuda a arredondar as cores, principalmente considerando que temos mágicas coloridas na reserva (Allies at Last).
Badgermole Cub é tido por muitos jogadores como a carta mais forte de Avatar: The Last Airbender, com potencial de revolucionar formatos mais antigos, como Pioneer, Modern e Legacy. No Standard, o elenco de suporte é inferior, com somente Elfos de Llanowar na curva 1 para fazer aquela explosão absurda nos turnos iniciais, mas contextualmente o formato é mais lento, o que acaba até permitindo que opções como Paleontologa Intrepida e Tender Wildguide funcionem – até por suas habilidades quando não estão sendo requisitados na mana.

Wan Shi Tong, Librarian e Doppelgang são os principais “payoffs” para o excesso de mana, com a coruja fazendo uma impressão de Krasis Hidroide ao mesmo tempo em que serve como “hate” (carta de ódio) para algumas sinergias alheias. Behemoth Crateropode também é um grande finalizador, que sempre foi muito amigo de pequenos elfos de mana.
Mesmo sem Vivi Ornitier e Memoria Eidetica de Proft, a base Izzet é simplesmente fortíssima nesse atual Standard, que algum deck com certeza vai existir e ser competitivamente viável na combinação de cores, mesmo que seja “na raça”. Thundertrap Trainer, Stormchaser's Talent e Quantum Riddler são elementos de valor em comum entre uma versão mais Midrange e outra mais orientada para o Prowess, sendo ameaças decentes que também oferecem bastante valor. Splash Portal também é um elemento em comum, gerando valor absurdo com Trainer e permitindo o “roubo” de encaixar Quantum Riddler mais cedo na curva.



A diferença entre as listas acaba sendo a presença de Astrologian's Planisphere como um “pseudo Cori-Steel Cutter” contra uma linha mais interativa, encaixando mais remoções e Boomerang Basics (que novamente dobra como interação e jogava proativa).
Por fim, temos o deck que talvez mais tenha aproveitado as mecânicas novas até então: o Boros Aggro com Firebending. Toda a escolha de ameaças funciona em prol da habilidade, em especial Firebender Ascension, que por si só já cria uma ameaça 2/2, mas que se não for respondida, rapidamente vai tomar o controle da partida com inúmeros disparos de Stadium Headliner, Hired Claw, Arabella, Abandoned Doll, Voice of Victory, Evangelista Confiante e Fear of Missing Out.

Delney, Sentinela das Ruas oferece redundância nas habilidades, além de fornecer evasão para as pequenas criaturas. The Legend of Roku faz as vias de Confronto dos Skalds, recuperando o recurso, mas também sendo talvez o melhor “payoff” para Firebending, já que criar dragões 4/4 voar acaba com a partida rapidamente caso não seja respondido.
Dentre todos os baralhos, esse é o que mais me chamou atenção considerando o quão “pronto” ele parece, mesmo sendo composto basicamente de sinergias da nova coleção – não que as criaturas escolhidas já não jogassem em outros arquétipos, mas aqui elas fazem sentido juntas de um jeito diferente, não somente porque são muito boas individualmente, mas pela sinergia em prol do deck.
E quanto a vocês, leitores, o que acham do atual momento do Standard? Acreditam que os banimentos tiveram o impacto correto? E o que acham de Avatar: the Last Airbender? Encaixou-se bem no formato? Algum deck que acreditam que vai ganhar força nos próximos dias? Ou quem sabe algum que não tenha sido citado, mas já esteja crescendo? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
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