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Sideboards de troca - Planos para o inesperado
Versatilidade é a palavra.
Por
05/08/2016 06:12 - 3.927 visualizações - 9 comentários
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Fala galera, tudo bem? Gabriel aqui com sua dose semanal de modern!


Lembrando a todos que esse fim de semana vamos ter dois dias recheados de modern em São Paulo! 


Para os que perderam o ultimo artigo sobre side boards : Sideboard Transformista
 

Ok, chega de enrolar e partiu!
 

Como vocês sabem (se leu a coluna até agora sabe com certeza), o sideboard é uma ferramenta muito poderosa, ainda mais quando tratamos do modern: Um formato rápido, com decks explosivos pouco interativos, onde uma carta morta invés de uma relevante pode ser sua derrota. Então geralmente nos preparamos para os decks mais populares do formato, desenhando um sideboard forte contra os tipos de decks que acreditamos que iremos enfrentar. Mas e quando enfrentamos um deck que não estamos esperando? Será que é possível me preparar até para os rogues do formato? 


A princípio você deve lembrar do artigo da semana passada onde vimos alguns decks rogues e que a principal vantagem deles é o despreparo dos oponentes para lidar com eles.  Porém, talvez possamos diminuir os problemas do nosso deck contra esse deck rogue. 


Como fazer isso? Com os Sideboards de troca ou mais conhecido do inglês "The sideboard Swap". O que isso significa? Que vamos fazer um plano de contingência contra decks inesperados!


Por exemplo, se temos muitas remoções de criaturas em nosso Maindeck, mas vamos jogar contra um deck de controle desconhecido (não conhecemos a lista do oponente nem nada), mas no game 1 pudemos identificar que de fato é um controle. Talvez seja uma boa ideia no nosso side ter um preparo, por exemplo, algumas cartas de decarte, ou então alguma maneira de deixar nosso deck mais aggro. 

 

Assim na hora de sidear tiramos alguns/todos removals do deck que são cartas mortas, e então temos agora uma chance maior de vencer o jogo!
 

Vamos tentar ver isso na prática? Acho que deve ser um pouco mais simples:

 

Vendo essa lista de um Jund (que não foi escolhido ao acaso, e sim por ser um deck que tenta fazer um 50/50 com todo ambiente e portanto deve estar preparado) pego de um campeonato da Starcity:
 

JUNDÃO DO AMOR
 
04/08/2016
R$ 2.185,86
R$ 8.591,33
R$ 106.322,80
 
04/08/2016
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (13)
1   Lavamante Implacável  0,59
4   Confidente Sombrio   39,51
2   Lodo Necrófago   0,49
4   Tarmogoyf   46,79
2   Kalitas, Traidor de Ghet    37,95
Planeswalkers (4)
4   Liliana do Véu    89,90
Mágicas (19)
3   Capturar Pensamento  64,90
4   Inquisição de Kozilek  0,99
4   Raio  4,67
2   Denegeração Abrupta   7,98
3   Findar   1,60
2   Comando de Kolaghan    5,00
1   Pulsar do Maelstrom    3,15
Terrenos (24)
4   Catacumbas Verdejantes 88,75
1   Contraforte Arborizado 88,99
1   Cripta de Sangue 49,99
1   Floresta 0,00
4   Lamaçal Ensangüentado 80,75
1   Lodaçal do Crepúsculo 17,45
2   Pântano 0,00
4   Penhascos de Fenda Negra 14,00
3   Ravina Enfurecida 1,00
1   Solo Pisoteado 29,98
2   Tumba Abandonada 29,50
60 cards total

Sideboard (15)
1   Explosivos Fabricados  54,99
1   Coagir  0,05
1   Jaula do Escavador de Túmulos  6,99
1   Lavamante Implacável  0,59
1   Amuleto Golgari   0,50
1   Amuleto Rakdos   1,82
2   Desprezador de Mágica  13,99
1   Rancor Antigo   0,18
1   Retorno à Natureza (Back to Nature)   0,61
3   Mago Fulminador    3,59
1   Danação    64,97
1   Tasigur, a Presa de Ouro   0,48
    
 

Vamos supor agora que vamos jogar com uma das listas rogues que vimos semana passada, O WW humans:


Vimos no jogo 1 que é um deck agressivo que spama bichos de curva baixa e tenta me matar o mais rápido possível. 


O que podemos tirar? talvez os Thoughtseize que nos causam dano e nem sempre são efetivos, e as Liliana of the Veil, o oponente despeja a mão e não terá o que descartar, e provavelmente vai sacrificar a pior criatura da mesa.

 
E o que podemos colocar: Engineered Explosives, Grim Lavamancer, Damnation, como mais remoções para o deck, Golgari Charm para tentar matar algumas criaturas com o -1/-1, ou então destruir a Glorious Anthem deles, e Tasigur, the Golden Fang, para ter mais criaturas para se defender. 


Note que pensamos em tirar 7 cartas mas apenas em subir 5. Isso ocorre porque de fato não estavamos prontos para essa match. Assim talvez devamos deixar alguma das cartas que queríamos tirar, ou subir algo não tão bom, como Spellskite (para tentar segurar no começo e impedir que remova suas criaturas boas). Aí fica para vocês escolherem.

 

Um sideboard ideal deveria contar com mais algumas cartas para esse tipo de coisa. Porém, lembrem-se, um sideboard nunca é perfeito, pois infelizmente temos um limitante de 15 cartas. Então devemos fazer o que podemos.


Tá Gabriel chega de enrolação, o que raios seria o Sideboard Swap afinal?


Seria ter já predisposto seu sideboard a cada tipo especifico de arquetipo. Assim quando enfrentarmos um rogue, não vamos sidear pensando no baralho e sim no arquetipo dele.


Assim com esse Jund que vimos que precisamos de 7 slots contra aggros, contra controls que quase não tem criaturas e permanentes, provavelmente vamos querer tirar os Abrupt Decay, os Terminate e o Maelstrom Pulse (ou talvez esse você queira deixar para se livrar de algo inesperado que possa vir do side deles), então pelo menos 5 slots precisamos ter para essa match de controles!


Contra combos e midranges devemos fazer o mesmo e assim vamos ter pelo menos um plano de contenção quando nos depararmos com algo desconhecido!


Para exercer esse tipo de trabalho com maestria, vamos ver alguns tipos de cartas carimbadas na grande maioria dos sideboards:
 

Versatilidade:
 

Cartas que pode desempenhar mais de um papel tendem a ser ótimas aqui. Como por exemplo o Golgari Charm: Podemos subir contra aggros rapidos, pelo fator do -1/-1, podemos usar contra encantamentos que podem aparecer em varios tipos de decks, como controls Detention Sphere, ou então contra combos (Phyrexian Unlife e Worship), e também serve contra controles com mass removals, como Supreme Verdict.


Cartas desse tipo servem para minimizar o custo de slot no sideboard. A carta é perfeita? claramente não. Se quisesse só uma remoção de criaturas Anger of the Gods faria isso muito melhor com 1 mana a mais, ou então pelas mesmas duas manas podemos usar o Back to Nature e levar todos os encantamentos, ou por fim, qualquer carta que deixe nossas criaturas indestrutiveis seria melhor que a regeneração (para sobreviver a Damnation e Wrath of God). MAS, ter todas essas opções enfraquecidas em uma única carta é a que faz tão perfeita para o que buscamos aqui. 


Autosubstituíveis:


Cartas que fazem algo e após isso dão um draw. Por exemplo, Nihil Spellbomb ou Relic of Progenitus. Cartas desse tipo não são as melhores em algumas matchs que subimos, mas o fato de nos dar o draw impede ela de ser uma carta morta. No exemplo contra o WW acredito que seria melhor ter uma Nihil Spellbomb (não Relic of Progenitus,  por que estamos de jund, então não queremos ferrar tanto o grave pros nossos Tarmogoyf) ao invés de um Thoughtseize que se comprarmos no 4º turno já seria inutil. 
Cartas desse tipo são geralmente essenciais em algumas matchs e nas outras servem apenas pelo draw.


CatchALL:
 

Cartas qeu pegam quase tudo. Diferente de uma carta versátil ela faz somente uma coisa, mas isso que ela faz é bem abrangente. Por exemplo, Engineered Explosives e Maelstrom Pulse. São cartas que servem para remover coisas não esperadas. 


Ambas tem no texto: Destruir permanente não-land. Então tirando lands, podemos usar essas cartas para atacar algo que possa nos prejudicar. O Engineered Explosives com a desvantagem que temos um custo máximo de 3 (pois temos 3 cores no deck), mas com a vantagem de podermos pegar multiplos alvos! O Maelstrom Pulse, por outro lado, pode pegar qualquer coisa com a restrição que será única.


Muito longo, li nada (famoso TL;DR):


-Os tipos de decks que tem que pensar em fazer esse tipo de sideboards: Os midranges e controls do formato, aqueles que tentam resolver problemas e não CRIAR problemas.


-Podemos nos beneficiar desse tipo de estratégia para não sermos pegos pela surpresa. 


-Algumas cartas podem preencher bem esse tipo de espaço no nosso sideboard


-Nem sempre podemos nos preparar para tudo, pois a Wizards é uma mãe sem coração que nos deu apenas 15 cartas para o side.

 

Keep it or mull it:


Semana passada vimos uma mão de infect

 

Resposta do Ruda:

 

A carta que mais quero contra Jund é o Inkmoth Nexus, ele se protege muito bem das remoções e ignora Abrupt Decay e Liliana of the Veil.

Estar no play também é uma das poucas situações onde posso tirar valor do Glistener Elf nessa match, abrindo com ele e depois seguindo com Noble Hierarch, no melhor caso ataco umas duas vezes. No pior caso, o elfo toma um Lightning Bolt e após meu Noble Hierarch meu oponente pode sentar em uma pilha de remoções, esperando eu animar o Nexus, o que significa que posso ficar cutucando de Noble Hierarch e esperando comprar proteção e pump. O que complicaria meu plano seria um clock pelo aldo dele, Tarmogoyf ou Dark Confidant, e para isso o Dismember é uma resposta. Caso meu adversário queira fazer um descarte cedo parar tirar minha potencial remoção, nesse turno eu posso puni-lo com um ataque.

 

O certo é que eu preciso comprar um pump, a proteção é mais opcional, mas o pump é necessário, algo para finalizar e ligar a primeira batida, que cresce com exalted, à um fim de jogo. Nessa mão eu tenho algum tempo para comprar esse pump, então acho ela aceitável. Outro ponto é que uma mão de 6 com scry não é necessariamente melhor aqui, já que tenho lands, Blinkmoth Nexus e algum potencial de ação early game. A única carta morta é o Distortion Strike, que pode ganhar valor se meu elfo fica um turno na mesa.

 

Veredito: Keep.


Minha resposta:


A match contra Jund é bem complicada. Ele tem muitas remoções e uma mão como essa sem nenhum tipo de proteção é bem arriscada.


Porém Mulligar nessa match costuma ser ainda pior! Vejamos bem essa mão: Temos uma remoção,com o Dismember, contra a criatura mais problemática que aparecer, temos a melhor criatura em Inkmoth Nexus, e temos 2 Noble Hierarch, que caso dele não remover pode ajudar nosso plano de jogo. Esse seria um game que eu provavelmente keeparia e tentaria jogar mais calmo, sem a explosão natural do infect.

 

Veredito: Keep. Mas não condeno ninguém que quiser mulligar.
 

Para essa semana:
 

Vamos usar a lista de Jund do artigo no game 1 contra um oponente que está de Infect e ele que está na play (Olha só, o jogo virou não é mesmo?)
 

       

E aí? keep ou mull?

 

Como sempre, se não gostaram de algo ou acharam que eu esqueci de mencionar alguma coisa, comenta aqui para que eu possa aumentar a qualidade dos artigos!

 

Bom galera, por hoje é só! Espero ver vocês esse fim de semana lá na Final do Circuito!

 

E boa caçada Pokemon!
 

Até semana que vem!

 

 

 

Comentários
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(Quote)
- 06/08/2016 12:28:35
Considerando estar no Draw, e ser infect, a mão não está "ruim". As lands não vão pesar nos custos e da pra ir puxando shockland uma atrás da outra corrigindo a base e evitando um certo floob.
Imaginando a pior das hipóteses:
Infect - t1 - gitanxian, baixa/estoura uma mistyrain forest, elfo.
Jund - Draw, temos uma chance enorme de pegar um card custo 1, considerando os 53 restantes no deck, 14 deles são compras que mudam a partidam mesmo o lavamante serviria de block. Mas não compramos e passamos.
Infect - Outra fetch, (3 cards no grave) outra gitaxian (4), Mutagenic(ou outro pump)+ become imance. Fechano 9 no infect ou 10...mas considerando uma mão perfeita para o infect.
Ainda assim, arriscaria o Keep, pelas chances do draw cost1, e se tratando de 'mão perfeita, o infect não poderia vir com muitas criaturas, então as (praticamente) 3 remoções deveriam ser suficientes.
(Quote)
- 05/08/2016 20:52:39
A mão não é ruim, mas nada dessa mão para o nexus. Será que vale a pena arriscar a vir com uma mão muito pior ? Devido o draw, acho que vale o keep
(Quote)
- 05/08/2016 17:06:17
Eu mulligaria também. A única remoção daí que pararia um possível Nexus é o Command, que é cara demais e pode muito bem ser parada por um simples Vines em resposta (e reforçado, na pior das hipóteses). Sem falar que o jogador de Infect pode muito bem ver a minha mão com uma Sonda Gitaxiana e saber que ele pode fazer a festa no T2 com um Glistener e uma proteção ou até um Nexus de turno 1 e qualquer pump...

Eu iria tentar puxar uma mão com o máximo de remoções possível, já que os decks de Infect usam relativamente poucas criaturas. Acho que Inquisition ou Thoughtseize viriam a calhar, tanto pra eu ver se o cara tem o bendito do Nexus na mão ou não, quanto pra possivelmente me livrar de um beater dele. Um Bob pra cavar o deck também poderia ajudar, mas eu priorizaria deixar mana aberta pra remoções em vez de jogar o Bob na curva.
(Quote)
- 05/08/2016 16:16:50

Oxi... Aquele comando ta podi? Rs

(Quote)
- 05/08/2016 14:36:58

Não é bem assim... se vem um nexus complica...

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