Fala meus pitchuquinhos, tudo tranquilo por aí?

O Grand Prix São Paulo está chegando, e como temos um pouco menos de um mês, já é bom ir escolhendo deck e se preparando para não se arrepender na hora.
Para a felicidade de alguns e a infelicidade de muitos, o formato do GP é Modern, como tem ocorrido nos últimos 4 anos em terras Brasilis, o que é um bom sinal para os Moderneiros de plantão e que jogam com o mesmo deck há um certo tempo(para mais info sobre o assunto, veja meu artigo da semana passada).
A água já está batendo no joelho e sinto que é hora de discutirmos opções de decks para jogar, ou, pelo menos, as minhas opções.

 

Que eu sou petdecker de carteirinha todo mundo sabe, mas não é por isso que deixarei de considerar outras opções para um torneio grande, hoje vamos ver quais são as minhas preferências, seus motivos e os decks que eu não jogaria e o porque.

 

 

Deck: Titanshift

 

Por que jogar:

É o deck que tenho mais experiência de todo o Magic, isso faz bastante diferença em um evento grande como o GP que tem pelo menos 8 rodadas + Day 2 para quem Passar.

Apenas facilidade com o arquétipo não é a razão pela qual eu tendo a ir de Valakut: Os Big Mana estão bem posicionados. Mesmo com o hate bem pesado, espero um field mais aggro e mais interativo do que vemos no Circuito SCG e GPs gringos, favorecendo um deck que está no meio termo entre unfair e grind.
Se você tem interesse em jogar de Valakut no GP, me mande PM que eu te coloco no nosso incrível Valakuteam, focado na arte das montanhas que dão 3 de dano.

 

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Deck:  Amulet Titan

 

Por que jogar:

Eu sou o cara dos Big Mana, obviamente consideraria o AmuLIT como opção para o GP.

O deck está muito bem posicionado, até melhor que o próprio Valakut, devido à extrema velocidade e jogos que vão desde combo kill turno 2 até um ultra grind que contorna qualquer tipo de mesa que o adversário faça.

Para mim, o deck tem dois defeitos graves que pesam muito na hora de levá-lo para o evento: 

1 - É um deck bem complexo de se masterizar, e, apesar de várias free wins com sequência simples, para jogar bem com o baralho você precisa entender muito bem seus conceitos de mulligan, inúmeras pilhas de Titan com e sem Amuleto e jogar aqueles jogos quando seu deck “resolve não funcionar”.

2 - Apesar de ser bem rápido, nem sempre o deck consegue ser mais rápido que o hate, e é um baralho com alguns problemas contra os hates mais comuns(Ashiok e Blood Moon).

 

 

Deck: Bant Stoneblade

 

Por que jogar:

É claro que eu não deixaria de pelo menos cogitar minhas queridas Stoneforges no primeiro GP Modern que eu as pudesse usar.

O Bant Blade, mesmo sem Oko, Ladrao de Coroas, ainda é um arquétipo bom sólido, juntando os elementos convencionais de UW Control a pressão do pack Stoneforge e o suporte do verde, que nos últimos meses se mostrou o melhor splash para praticamente qualquer deck do Magic.

Os Astrolabio de Arcum fazem muito mais que apenas dar draw. Eles dão um mana fixing muito eficiente, garantindo a mana do Comando ou do Uro sem esforço, mascarando jogadas como a terceira azul do comando ou Veredito com apenas uma branca e, claro, facilitam o leve splash para Lua Sangrenta no side, que pegam os big mana de surpresa e acabam completamente com a partida.

Blade é um deck que tenho bastante conforto em jogar. Entre as opções não-Valakut, esta é a que mais me sinto inclinado a ir.

 

 

Deck: Dimir Urza

 

Por que jogar:

Só não participa do trenzinho da alegria quem não quer! Urza ainda é relevante no formato e não deve ser desconsiderado.

Para ser sincero eu não era muito fã do Simic Urza pois o deck era midrange demais para meu gosto, já esta versão não, ela tem uma pegada muito mais controle e muito mais combo que a versão com o finado Oko. E se tem uma coisa que todos os anos de RUG Shift me ensinaram é que eu ADORO jogar de Combo-Control.

O baralho se dá bem contra os big manas devido ao side super carregado e o potencial de combar do nada assusta bastante o adversário.

Não gostei tanto assim da partida do deck contra Burn e Red Prowess pois são baralhos que acredito serem os agressivos mais representados no torneio e eu não gostaria de cair na bracket mono-aggro e acabar perdendo os jogos que eu não combo até turno 4.
 

Se existem as opções que ainda considero, não é difícil imaginar que também tem as que eu deixei de lado. Aqui temos os decks que em algum momento cogitei jogar mas já abandonei completamente a ideia.

 

 

Deck: Mono Red Prowess

 

Por que decidi não jogar com:

 

O Prowess é um deck que respeito muito desde a época do Looting. 

O poder explosivo desse baralho é incrível, matando com bastante frequência no turno 3 e com um late game bem surpreendente para um deck mono colorido e que aparenta perder o gás até o quarto turno.

No entanto, é o tipo de deck que eu menos me sinto confortável: decks ultra agressivos.

São decks que dependem muito de extrair vantagens através da fase de combate, e eu sou péssimo em matemática de combate. Como o prowess não é um deck como o Burn, que aceita alguns errinhos aqui e ali pois seu topdeck médio é a mesma carta sempre, preferi abandonar o deck mono montanhas.

 

 

Deck: Mono Green Tron

 

Por que decidi não jogar com:

Poucos sabem, mas eu já fui Tronzeiro convicto por quase um ano, mas eram outros tempos, tempos de Deathrite Shaman, tempos de Seething Song. Hoje em dia eu estou limpo há 8 anos.

Se até o Rudá se aventurou com o deck por um GP, por que eu não deveria?

O deck continua sendo consistente , explosivo e com aqueles topdecks de xingar até a quinta geração da família de tão sortudos.

Meu problema com o Tron é ter uma matchup bem fraca contra os outros big manas(Valakut, Amulet), que espero ter mais que Tron, além de ter matchups horríveis contra Burn e Prowess, deixando, basicamente, apenas os UWx control e os Jundeiros corajosos como good matchups. Se eu for jogar um torneio de Tron, vai ser pelo deck ter good matchups que são quase Bye e não apenas por power lavel, para isso tenho outras opções que me sinto mais confortável(S2 Valakut).

 

 

Deck: Infect

 

Por que decidi não jogar com:

Um Valakuteiro que cogita jogar de Infect deveria pegar pelo menos 5 anos de cadeia, mas o magic competitivo tem dessas.

Acredito que o Infect seja uma das melhores opções para derrotar essa chuva de Big Mana, tendo em vista que o Goldfish do deck é mais rápido que o do Amulet e ainda tem uma sobrevida melhor contra combos, coisa que os Big Mana não têm.

Outra vantagem do deck é que não se usam hates que impedem o deck de funcionar completamente como Linha de Forca da Santidade ou Esfera Amortecedora, o que é um plus pois poucas cartas de side são realmente efetivas contra Infect.

O que me fez desistir do deck(além de eu ter uma reputação a zelar) foi o grande problema do baralho contra os Bolt.decks(Burn e Prowess) e a dificuldade de vencer os BGzeiros que nunca desistem do arquétipo. Eu não estava afim de jogar com um meta deck e enfrentar todos os Jundeiros e Marduzeiros do torneio, como já fiz no passado.

 

Aposto que meu range de escolhas foi bem maior do que muita gente esperava(afinal de contas, eu sou o “cara do DnT” e o “cara do Valakut”). E isso mostra o quão importante é pelo menos considerar outros decks. É melhor você duvidar de si mesmo sem ter certeza do que jogar do que escolher um deck, casar com ele e achar que fez a melhor opção logo de primeira, isso geralmente é uma armadilha.

E claro, não se esqueçam que essas escolhas foram MINHAS por motivos meus, não quer dizer que deck X ou Y é ruim ou muito bom, apenas que eu o considerei de forma específica durante minha preparação.

 

Tenham um bom preparo para o GP mas não se esqueçam de se divertir!! Até semana que vem!