Olá! Nessa próxima semana teremos o lançamento de Alchemy: Baldur's Gate no Magic Arena, junto com a entrada do Passe de Maestria referente à coleção e uma sequência de incentivos aos formatos digitais, com Qualifier Weekend Draft de Alchemy em um mês e Historic no mês seguinte, além de eventuais Metagames Challenges.

Para os que forem aproveitar essa sequência de eventos no formato Alchemy, em nosso artigo de hoje aqui na LigaMagic pretendo trazer os principais baralhos desse metagame, como se comportam além de eventuais expectativas para os mesmos, pensando tanto na nova coleção, quanto em buffs/nerfs possíveis.

Antes da chegada de Streets of New Capenna no formato (e, algumas semanas depois, Alchemy: New Capenna), o baralho da vez era o Rakdos Midrange. Connoisseur Espreitadora Urbana e Vinculo Doloroso pré-nerf dominavam o formato, sendo os principais incentivos para jogar com preto. Invocar o Desespero era uma forma de ir por cima nesse tipo de jogo, respondendo muito bem à Fabula do Quebrador de Espelhos e gerando valor nos estágios mais avançados do jogo.

Vinculo Doloroso continua jogável, mas agora a desvantagem é real, tornando complicado usar tantas cópias sem punição. O metagame abriu um pouco, tornando Orvar das Formas Infindaveis realmente uma carta para a reserva, mas as Connoisseurs continuam por aí exigindo respeito. Para quem só tinha esse baralho, ou gosta do estilo de jogo Rakdos Midrange (que também é explorado em outros formatos, como Explorer), o baralho continua uma ótima pedida. 

Algumas cartas novas como Uthgardt Fury, Grave Choice e alguns Gates que conjuram podem acabar achando espaço. Em relação aos ajustes, ainda espero por um nerf de verdade em Connoisseur Espreitadora Urbana, que poderia abrir possibilidades para cartas mais pesadas verem mais jogo - o formato atualmente termina na curva quatro na imensa maioria dos decks. Custo 2BB, ser 2/3 ou 3/2, não criar a ficha de Sangue, sem Toque Mortífero ou até mesmo uma combinação desses fatores ainda deixaria a carta como uma excelente ameaça midrange 2x1, mas sem ser tão absurdamente eficiente nessa tarefa.

Um dos meus favoritos do formato, o Gruul Werewolves segue sendo uma opção sólida para os que gostam de partidas rápidas envolvendo agressão com criaturas, com mãos curvadas capazes de punir até mesmo os mais interativos dos Midranges e Controles. 

As partidas realmente complicadas são as variações de Anjos/Clérigos com muitos bichos que ganham vida e crescem, além do deck sensação do momento: o Naya Ignus Combo, capaz de ganhar vida infinita bem rapidamente e com um plano secundário exatamente de crescer Voz dos Abencoados e Trelasarra, Dancarina da Lua. 

O sonho aqui seria algum lobisomem estilo Ferocidonte Enfurecido, que fosse capaz de impedir o adversário de ganhar vida enquanto ainda estivesse jogando na combinação da tribo, mas ao que parece que temos do spoiler até o momento da escrita do artigo, não está exatamente na temática.

A atual sensação do formato é o baralho acima, conhecido como Naya Ignus, Combo/Lifegain, Combo/Cabaretti e Revels Combo. A interação entre Ignea Sorridente e Birgi, Deusa das Historias não é exatamente inédita, mas foi a chegada de Racketeer Boss e Cabaretti Revels que trouxe uma redundância absurda ao combo, que acontece praticamente sempre no turno 4.

Basicamente, com Birgi no campo de batalha ou Racketeer Boss concedendo perpetuamente a habilidade de criar um tesouro ao entrar para a Ignea Sorridente, ela entra e sai de jogo "de graça", gerando disparos infinitos das criaturas que ganham vida (Veterano Lunarca e Taverneiro Prospero). Mesmo que não haja nenhuma dessas criaturas na mesa, com Cabaretti Revels é possível buscar todas as que estão no baralho, eventualmente encontrando a Dina, Imbuidora de Almas para fechar a conta.

Com a combinação de velocidade, redundância e um bom plano secundário, além da já histórica aversão da Wizards à decks realmente Combos no Magic Arena faz com que o nerf aqui não seja uma questão de se, mas sim de quando e em quais cartas. Minha recomendação aqui é aproveitar o baralho o máximo possível para os que são "tryhard", e lamentar quando possivelmente Ignea Sorridente for nerfada de modo a não possibilitar mais infinitos "entra e sai". Cabaretti Revels, entretanto, é uma carta bem interessante, que habilita algumas versões de Naya mais Midrange orientados para o valor com criaturas de baixa curva.

O que já foi uma "powerhouse" do Standard encontrou uma nova chance de brilhar no Alchemy, especialmente com a chegada de Diviner of Fates, uma ameaça perfeita para gerar valor com a mecânica de Acobertar dos Obscura - junto de Raffine, Vidente Ardilosa o baralho é capaz de apresentar com bastante redundância uma ameaça de turno três poderosa que pode dominar a partida.

Bind to Secrecy é outra poderosa ferramenta que traz bastante versatilidade no início, com a chance de gerar valor real nos estágios mais avançados da partida. E embora a lista acima jogue com somente uma cópia, Herald of Vengeance é uma bomba que tem visto cada vez mais jogo nos Midranges com branco, sendo uma excelente forma de punir o adversário por pressionar com suas ameaças.

No mais, outras cartas que já se provaram no Alchemy incorporam o elenco, com Aventureiro Triunfante mostrando seu valor sendo 2/1, além do valor incremental perfeito para Midranges que Saqueamento do Submundo gera.

Pegue o baralho de sucesso do Standard e insira-o em um formato que consegue ser ainda mais voltado para as guerras de Midrange como é o Alchemy, e temos a fórmula básica do sucesso do Grixis Vampires por aqui. Evelyn, a Cobicosa é a principal recompensa para manter-se na tribo, mas também não é difícil optar pelos vampiros quando todos eles entram fazendo 2x1 (ou até mais) de valor: Adversaria Sanguinaria, Coletor do Dizimo de Sangue, Avaliador de Cadaveres e Connoisseur de Cadaveres. Não preciso nem dizer que todos eles também possuem grande sinergia com a Fabula do Quebrador de Espelhos, o grande pilar dos Midranges vermelhos em praticamente todos os formatos.

Completam no suporte algumas escolhas próprias do formato, como Saqueamento do Submundo (que virou a escolha principal de vantagem de cartas leves após o nerf em Vinculo Doloroso), Bind to Secrecy e Orvar das Formas Infindaveis.

Em um mundo cada vez mais hostil ao aggro, alguns guerreiros ainda resistem com o bom e velho White Weenie. Embora não tenha ganho praticamente nada com New Capenna (no máximo a opção de rodar com Especialista em Resgates), Capita Inquisidora ainda é uma excelente criatura no Alchemy, além de conseguir acessar algumas criaturas importantes para atacar o restante do formato, como Arconte de Emeria, Espirito Fugaz e Aparicao do Enclave Celeste.

Ob Nixilis, o Adversario acabou não se provando tanto quanto a maioria de nós imaginávamos, mas o Rakdos Sacrifice ainda consegue ser uma casa digna para ele. Embora aqui tenhamos outro baralho que sofre com o nerf de Vinculo Doloroso, o fato de conseguir drenar alguma vida com Artista do Sangue e Bigorna do Culto dos Oni ajuda a mitigar essa desvantagem.

Para os que não querem investir tanto nas cartas exclusivas do Alchemy, mas querem se manter relativamente competitivos em ocasionais torneios e eventos, essa pode ser uma boa opção - além de ser um baralho com bastante comuns e incomuns, de maneira geral.

Zero cartas novas, mas um plano cheio de violência ainda compõe o mundo do Mono Green Stompy. Com uma contagem baixíssima de terrenos reais para potencializar Cultivador Energico, o baralho é capaz de aberturas bastante explosivas, além de contar com microssinergias como Filhote Obstinado e o próprio Cultivador junto do Ninjutsu de Libertador Jukai e Kappa Quebra-maquinas após a reserva.

Embora o baralho sofra em um mundo com tantos midranges cheios de remoções leves e jogadas punitivas como A Imperatriz Errante e, agora, Herald of Vengeance, ainda é uma alternativa interessante para quem gosta da "pancadaria raiz" que o verde oferece, repaginada para a nova era dos formatos exclusivamente digitais.

 

E quanto a vocês, leitores, como anda a expectativa para Alchemy: Baldur's Gate? Quais decks esperam que vão continuar relevantes no metagame do formato? E em relação aos novos decks, alguma expectativa? Alguma estratégia que necessite de um nerf, ou que possa utilizar-se de melhorias? Compartilhem suas opiniões nos comentários!

Abraços e até a próxima!