E aí, galera, tudo bem? Aqui quem vos escreve é o Heli e hoje venho analisar e confirmar a eficiência do ciclo de portões da edição Commander Legends: Batalha por Portal de Baldur no formato. Em Agosto do ano passado, eu escrevi um artigo destacando os resultados dos decks com portões. Importante reforçar que o grande responsável por essa efetividade é o Portao do Basilisco devido ao seu poder de definição nas partidas. Inclusive essa é uma das razões dessas listas estarem conquistando seu espaço dentro do metagame, oferecendo cada vez mais diversidade.
Recentemente o Mirco Ciavatta (heisen01) criou uma lista que ele chamou de Jeskai Pile, realmente era uma pilha de (boas) cartas! E não foi só ela, já que o Kirblinxy fez resultado com uma lista de Jeskai Fadas Gates! Quero reforçar que anteriormente já vimos listas como essas. Isso ocorreu logo após o surgimento de uma carta chamada Astrolabio de Arcum. Calma, calma, eu sei que são construções diferentes e nem estou comparando power level, mas quando foi que vocês viram um deck, que não fosse o Tron, fazer um splash para colocar Pulsacao de Murasa? Isso é um sinal que temos algum padrão nas construção de ambos.
É interessante traçar esse paralelo já que os momentos e a posição dos decks dentro do metagame são bem diferentes. Naquela época, os decks com Astrolábio eram opressores, já que combinavam uma correção de mana absurda com vantagem de cartas. Isso deixava os oponentes para trás em poucos turnos, principalmente pela absurda mecânica de Monarca. Já os decks de Portões ainda procuram seu espaço no metagame. Inclusive seu maior representante, o Caw Gates, caiu em representatividade.
Antes de começar a falar de listas, o grande apelo para os decks de Portões é que eles tendem a ser decks midranges que conseguem definir jogos. Vemos que os padrões de jogo entre as listas são similares, procurando ter opções que lidem com o ímpeto dos decks agressivos ou que consigam ter sempre uma criatura atacando, antes de ser controlado por seu oponente. Parece simplista, mas ter essas possibilidades dentro da mesma lista é o que faz o deck ser interessante e viável. Então, vamos aos decks!
Essa é a minha lista de 4C Gates que joguei o Nacional Pauper 2022. Mudanças pontuais são feitas, mas a base é bem semelhante com os deck atuais. Cordoes Prismaticos é uma das melhores cartas do deck, te dando muito tempo nas partidas onde seu oponente é agressivo ou protegendo suas criaturas de uma remoção global. O grande segredo desse deck é saber ler os momentos de cada etapa do jogo. No geral, seu plano consiste em segurar as partidas, até que você tenha o Portão do Basilisco e consiga definir a partida em um ou dois ataques. Entretanto, entender como esse momento é relativo em cada matchup e sua experiência com o deck farão a maior diferença.
Essa é a lista de Jeskai Pile do Heisen. Eu tive a oportunidade de jogar com ela em dois campeonatos locais e, mesmo não gostando do meu resultado individual, o deck funciona bem. É um tipo de deck que você precisa entender como o formato funciona, já que várias cartas tem apenas uma cópia na lista. O plano de adicionar à recursão do Efemerar com o Elementalista Ardente me parece muito sensata, por te dar acesso recorrente a cartas que talvez você precisou usar precocemente na partida. Além disso, pode te ajudar a definir partidas, fornecendo “cópias” adicionais de Raio. É estranhamente satisfatório ganhar partidas com um Inspetor de Thraben batendo 10/11! A ideia de usar a Prova Irrefutavel me parece válida dentro do metagame atual, já que um corpo 0/3 consegue bloquear melhor e ainda poder atacar com a habilidade do Portao do Basilisco, além da compra via ficha de Pista. Eu senti falta de uma vantagem de cartas constante, algo como a mecânica de Monarca ou de Dianteira. Deixei de conseguir vencer algumas partidas exatamente por faltar uma criatura ou uma remoção, que me fizesse finalizar no combate.
Indo nessa linha, o jogador Kirblinxy aumentou a quantidade de Prova Irrefutavel, além de colocar a Silfide Magioclasta, que cria uma outra camada de possibilidades para o deck. Claramente ela não tem a horizontalidade do Falcao do Esquadrao, porém o formato tem um número significativo de mágicas de custo baixo que podem ser anuladas com a fada. Além disso, sua evasão cria mais uma ameaça ao oponente.
A primeira é do Heisen e a segunda lista do Alvatar. Na verdade, as duas procuram explorar suas quatro cores (sem azul), explorando cartas que tenham sinergia com Efemerar. Além disso, ambas precisam lidar com as ameaças do outro lado da mesa e as escolhas de mágicas visam conquistar pequenas vantagens, como se repor ou lidar com mais de uma criatura de uma única vez. A Trepadeira de Portao se mostra uma das melhores vantagens em usar a cor verde, já que ela pode buscar qualquer terreno básico ou portão. Com isso, o Portao do Basilisco se torna tutorável, o que muda consideravelmente o ritmo da partida, já que agora podemos forçar jogos, aumentando a agressividade do deck. Jogando com a versões UW e Jeskai tive problemas com terrenos algumas vezes, tanto na falta como no excesso. Entendo que tem uma porcentagem normal para isso acontecer, mas temos menos formas de manipular o topo do deck ou compra de cartas nas versões Jeskai que joguei nessa semana. Vejo que a combinação da Trepadeira, com o Pescador Celeste Kor e Crescimento Abundante geram reposições que são essenciais em decks de midrange. E sendo em curvas mais baixas, vejo que o início de jogo fica melhor preenchido, com a possibilidade de ter recursos para lidar melhor com as fases de jogo. O Heisen focou em ter recursividade tendo o Elementalista Ardente além do Efemerar; já o Alvatar preferiu trazer uma cópia de Abrir os Portoes e três do Supervisor Inspirador, acredito que focando no plano de definir com o Portão do Basilisco.
Avaliando a amplitude das listas atuais, me parece que a comparação com o Astrolábio não é tão absurda. Mesmo que os decks queiram definir os jogos em poucos turnos, vários decks agressivos irão pressionar essas estratégias, antes que elas consigam vencer. Considerando a força dos decks Mono Red, se valer apenas de Contramagica para segurar o jogo não me parece ser muito efetivo. Até por isso, algumas listas trouxeram o Porteiros de Saruli para o formato, já que ganhar sete pontos de vida custam, no geral, duas mágicas do Mono Red. Esse ciclo de Porteiros da edição Labirinto do Dragão já não me parecem tão ruins, já que é possível encontrar uso para eles. Claro que dependem da sua lista, mas gosto de ver inovações e as explorações de cartas que o formato está tendo.
Hoje consigo ver os benéficios desses Portões no formato. Gostaria de ver no Pauper mais dessas mecânicas menos usuais. E vocês, o que estão achando dessas listas? Gostam da mecânica? Galera vou ficando por aqui e espero que tenham gostado da análise. Um abraço a todos e até mais!
Heli Mateus conheceu o Magic em 1998, mas começou a jogar em 2015 quando conheceu o
formato Pauper. Hoje é entusiasta do formato e produtor de conteúdo, principalmente como
podcaster sendo cohost do RakdosCast.
Tô com o set de Spellstutter de FNM paradas lá em casa, e tenho quase toda a base desses decks de Portão. Bom saber que estão sendo usadas!! Mas a minha pergunta é: eu tô vendo que a maioria das listas está experimentando com Rêmora Mística (até porque, pelo fato de o deck usar majoritariamente taplands, via de regra você não fica tão pra trás na curva de mana se fizer ela pra capitalizar em cima do jogo do seu oponente). Você acha que tem potencial pra mais cópias que isso surgirem no formato?
Spellstutter ficou legal nessa lista, pois além de anular é uma criatura com evasão. Sendo 1-off ali eu acho q vale a pena, para extrair valor em algumas partidas..vi listas que só usam no side por eeemplo. Agora, mais do que uma eu acho bem pesado.
[quote=chico_ruivo=quote]Tô com o set de Spellstutter de FNM paradas lá em casa, e tenho quase toda a base desses decks de Portão. Bom saber que estão sendo usadas!! Mas a minha pergunta é: eu tô vendo que a maioria das listas está experimentando com Rêmora Mística (até porque, pelo fato de o deck usar majoritariamente taplands, via de regra você não fica tão pra trás na curva de mana se fizer ela pra capitalizar em cima do jogo do seu oponente). Você acha que tem potencial pra mais cópias que isso surgirem no formato?[/quote]Spellstutter ficou legal nessa lista, pois além de anular é uma criatura com evasão. Sendo 1-off ali eu acho q vale a pena, para extrair valor em algumas partidas..vi listas que só usam no side por eeemplo. Agora, mais do que uma eu acho bem pesado.
Decks que utilizam os 3 terrenos de Urza originais (Torre de Urza, Mina de Urza e Usina de Urza); que se todas juntas no campo de batalha, geram 3 mana, 2 mana e 2 mana, repectivamente - totalizando 7 mana com 3 terrenos.
[quote=Reismw=quote]o que significa TRON no MTG?[/quote]Decks que utilizam os 3 terrenos de Urza originais (Torre de Urza, Mina de Urza e Usina de Urza); que se todas juntas no campo de batalha, geram 3 mana, 2 mana e 2 mana, repectivamente - totalizando 7 mana com 3 terrenos.
Tô com o set de Spellstutter de FNM paradas lá em casa, e tenho quase toda a base desses decks de Portão. Bom saber que estão sendo usadas!! Mas a minha pergunta é: eu tô vendo que a maioria das listas está experimentando com Rêmora Mística (até porque, pelo fato de o deck usar majoritariamente taplands, via de regra você não fica tão pra trás na curva de mana se fizer ela pra capitalizar em cima do jogo do seu oponente). Você acha que tem potencial pra mais cópias que isso surgirem no formato?
Tô com o set de Spellstutter de FNM paradas lá em casa, e tenho quase toda a base desses decks de Portão. Bom saber que estão sendo usadas!! Mas a minha pergunta é: eu tô vendo que a maioria das listas está experimentando com Rêmora Mística (até porque, pelo fato de o deck usar majoritariamente taplands, via de regra você não fica tão pra trás na curva de mana se fizer ela pra capitalizar em cima do jogo do seu oponente). Você acha que tem potencial pra mais cópias que isso surgirem no formato?